Saiba como estão os estoques de oxigênio e insumos para Covid-19 nos hospitais de Brusque
Apesar da demanda, os estoques estão controlados; porém, hospitais relatam dificuldade após valores dos insumos subirem
Para garantir o atendimento de pacientes com Covid-19, os hospitais de Brusque mantém o controle de oxigênio e insumos. De acordo com o secretário de Saúde de Brusque, Osvaldo Quirino de Souza, o estoque de ambos está controlado na cidade.
“Não recebemos nenhum comunicado dos hospitais. Por enquanto está tudo bem. Até para pacientes não Covid que precisam de oxigênio na residencia”, diz.
No final de fevereiro, o secretário destacou que principal dificuldade é com o relaxante muscular, utilizado para manter o paciente intubado. Nesta quarta-feira, 10, ele conta que o medicamento está sendo conseguido, apesar do valor ter subido.
O secretário de Saúde destaca que a ocupação de leitos de Unidade de Terapia Intensiva (UTI) no Hospital Azambuja ainda está em 100%. Porém, foi diminuindo cerca de 30% dos atendimentos de emergência, após estes serem transferidos para a UBS do Jardim Maluche.
De acordo com a assessoria do Imigrantes Hospital e Maternidade, os leitos de UTI adulto no local está com 100% de ocupação. Já a Enfermaria Covid está com 57% de ocupação.
Hospital Azambuja
Após o início da pandemia da Covid-19, a compra de oxigênio aumentou em 105% no Hospital Azambuja. Segundo a assessoria, o estoque está regular e o hospital mantém contato com o fornecedor, que garante o abastecimento.
O hospital destaca que não são só os pacientes na UTI Covid que precisam de oxigênio. Ele é utilizado em outros setores, como no Centro Cirúrgico, nas UTIs e na internação.
Em relação aos insumos, como medicamentos, o hospital mantém um estoque, mas reconhece que se preocupa.
De acordo com a assessoria, o Brasil inteiro enfrenta uma situação de grande demanda, especialmente pelos anestésicos para os pacientes de UTI, chamados de kit intubação. Contudo, o hospital garante que tem conseguido fazer a compra destes insumos.
Imigrantes Hospital e Maternidade
Segundo a gerente de operações do Imigrantes Hospital e Maternidade, Fernanda Rodrigues, o tanque de oxigênio passa por reposição três vezes por semana. Ela explica que o tanque abastece todos os pontos do hospital e os cilindros de transporte. Este, usado quando o paciente sai do leito para fazer algum exame externo ou para a rotina de banho, por exemplo.
Fernanda ressalta que o nível do tanque de oxigênio é monitorado todos o dias e não há problema de desabastecimento. Já o estoque de insumos é avaliado toda semana e hospital realiza a compra necessária para 60 dias. Caso baixar do nível mínimo, é comprado insumos novamente para 60 dias, assim sucessivamente.
Ela detalha que, neste período de pandemia, alguns itens estão com a demanda muito alta no mercado. Então, estão sendo comprados para até seis meses. São mascaras e luvas, por exemplo. Toda semana fazem a reposição.
Hospital Dom Joaquim
O administrador Hospital Dom Joaquim, Raul Civinski de Souza, explica que o estoque de oxigênio é suficiente para a realização das cirurgias eletivas e os demais procedimentos que hospital tem adequação técnica. Ele ressalta que o abastecimento de oxigênio tem sido regular, dependente do consumo.
Atualmente, segundo Souza, o hospital atende casos de Covid-19. Porém, como não tem liberação para internação, não utiliza ou utiliza muito pouco oxigênio neste tipo de atendimento.
Ele explica que o atendimento para Covid-19 no local é realizado no pronto-atendimento, que acontece via queixa-conduta, no qual o paciente procura o hospital quando tem alguma reclamação ou dificuldade.
“Ocorre de ele ter o diagnóstico provável de Covid no hospital. Ocorre do paciente nos procurar durante o tratamento, após ser diagnosticado, tanto por nós, como pelo Centro de Triagem. Ocorre do paciente ter reclamações de sequelas do Covid e nos procurar no pós-Covid”, explica.
Em relação aos insumos contra a Covid-19, como máscaras, luvas, álcool, Souza detalha que o hospital está com dificuldades de manter o estoque. Segundo ele, isso acontece principalmente pelas altas de preço.
Contudo, por serem equipamentos de proteção individual (EPIs), o hospital tem regras quanto a utilização, características e qualidade do produto, além da periodicidade de troca. Então, busca ter ao menos duas ou três semanas de estoque. “Não está fácil adquirir, preços disparando, mas é uma necessidade, então sempre buscamos novos fornecedores”, diz.
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