X
X

Buscar

Saiba como funciona o agendamento da mamografia na rede municipal de Brusque

Exame é essencial para prevenção do câncer de mama

Até outubro deste ano, a Secretaria de Saúde de Brusque registrou 3,2 mil mulheres interessadas no agendamento para fazer a mamografia, exame de imagem que ajuda no diagnóstico do câncer de mama, mesmo quando o nódulo não é palpável. Destas solicitações, 2,7 mil exames foram realizados.

Os pedidos para realização do exame são contabilizados no Sistema Nacional de Regulação (Sisreg). A prefeitura tem um contrato com o Hospital Azambuja para realizar 500 mamografias por mês.

No entanto, o hospital opera atualmente com uma única máquina, pois o segundo equipamento precisa de uma peça para voltar a funcionar. Com isso, a média caiu e atualmente é de 350 mamografias ao mês.

A diretora de Processos de Auditoria, TFD e Sisreg da Secretaria de Saúde de Brusque,
Katia Regina Furtado, comenta que além da demanda da prefeitura, o Hospital Azambuja também atende a Rede Feminina de Combate ao Câncer, exames por meio do convênio, sindicatos e particulares. Devido à alta demanda, não é possível aumentar a média mensal de exames no momento. Segundo ela, mulheres entre 45 anos e 50 anos já estão aptas a realizarem a mamografia.

Impacto da campanha

Com a campanha Outubro Rosa, que visa conscientizar as mulheres sobre a importância do diagnóstico precoce do câncer de mama, a procura pela mamografia cresce consideravelmente neste mês. Os números de mulheres interessadas em realizar o exame ultrapassam o que é contratado por mês pela prefeitura.

Segundo a diretora, até o final de outubro foram contabilizadas 515 mulheres na fila de espera para realizarem o exame, entre novembro e dezembro. “Este é um exame de prevenção, não é considerado urgente. Em alguns casos conseguimos achar algo no ultrassom, então essa paciente passa a ser prioridade na fila”.

Normalmente, o intervalo entre o agendamento e a realização do exame é de 30 dias, mas o impacto causado pela campanha amplia o tempo de espera devido à demanda. A diretora comenta que é comum o crescimento neste período do ano, ocasionando a fila de espera. Ela ainda ressalta que em dois meses todas serão atendidas.

Demanda do fim de ano

O médico cadastra a solicitação no sistema e, assim como os agendamentos de exames laboratoriais, a solicitação passará por uma classificação. Se o profissional encontrou um nódulo, será classificado como amarelo – agendamento imediato. Ela salienta que a maior parte é classificada como azul, por não ser uma emergência, e que o agendamento ocorre em até 30 dias.

“Quem chega agora, por conta da demanda, será agendada para dezembro ou até janeiro. Como estamos no fim do ano, as agendas começam a diminuir. É um serviço eletivo. A partir da segunda quinzena de janeiro o serviço normaliza”, explica.

A pasta pretende ampliar o contrato de exames mensais com o hospital, mas a modificação deve ficar somente para 2023. A diretora explica ainda que a intenção é conversar com o hospital para realizar agendamentos extras em janeiro, após o período de férias coletivas, para atender toda a demanda represada.

Faltas no dia do exame

Outro fator analisado por Katia são as mulheres que faltam no dia do agendamento. Somente até outubro deste ano foram contabilizadas 573 faltas. No entanto, os números deste ano ainda não superaram a marca de 2021, quando foram contabilizadas 732 faltas.

De acordo com a diretora, os números chamam atenção. Ela diz que não é possível afirmar se as mulheres desistiram de realizar o exame. No entanto, muitas acabam optando por outros caminhos para realizarem a mamografia de forma mais rápida, como pela Rede Feminina, através dos convênios ou até de forma particular.

– Assista agora:
“Se você não lutar, a doença vai te derrubar”, diz moradora de Brusque que venceu o câncer de mama