Saiba como funciona a transferência de pacientes de Brusque com Covid-19 após lotação de UTIs

Familiares não podem acompanhar paciente na ambulância e precisam bancar viagem por conta própria

Saiba como funciona a transferência de pacientes de Brusque com Covid-19 após lotação de UTIs

Familiares não podem acompanhar paciente na ambulância e precisam bancar viagem por conta própria

Neste final de semana, um paciente de Brusque com Covid-19 foi transferido para Caçador, no Meio Oeste do estado, por falta de Unidade de Terapia Intensiva (UTI) na região. No sábado, foi informada a lotação máxima de todos os leitos disponíveis pelo SUS em Brusque, decorrente do aumento no número de casos.

O diretor-geral da Secretaria de Saúde de Brusque, Rodrigo Cesari, explica que os leitos exclusivos para pacientes com o novo coronavírus são regionalizados e estadualizados, então, quando não há mais vagas na cidade, uma central é acionada para que a transferência possa ser realizada.

“Existe uma central de regulação do estado que gerencia todas as vagas. Não tendo vaga em Brusque, o hospital entra em contato com a regulação, que acha uma vaga mais próxima para transferir o paciente”, explica.

No caso do paciente transferido para Caçador, este era o local com vaga de UTI disponível mais próximo de Brusque, a cerca de 340 quilômetros de distância, em uma viagem de pouco mais de cinco horas. Durante o final de semana, Brusque, Gaspar e Blumenau anunciaram que os leitos exclusivos para a doença estavam totalmente ocupados.

O Hospital Azambuja negocia com o governo estadual, agora, a instalação de mais 28 leitos de UTI para a Covid-19 em Brusque.

A transferência de pacientes com Covid-19 é feita por uma ambulância de suporte avançado do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu). Existem dois veículos equipados na região para fazer o transporte.

“O tempo de transferência do paciente depende de onde tem a vaga, se a ambulância está ocupada, é bem variado, não tem um tempo específico”, explica.

O diretor-geral explica que familiares não podem acompanhar o paciente na ambulância e, se quiserem ir até a cidade onde ele será internado, têm que se deslocar por conta própria. Ele acrescenta, porém, que a maioria decide não acompanhar a viagem porque as visitas são proibidas em casos de Covid-19.

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