Saiba como funcionará o Centro Integrado de Atenção Psicossocial em Brusque

Primeiros atendimentos já são realizados no antigo prédio do colégio Honório Miranda

Saiba como funcionará o Centro Integrado de Atenção Psicossocial em Brusque

Primeiros atendimentos já são realizados no antigo prédio do colégio Honório Miranda

O Centro Integrado de Atenção Psicossocial (Ciaps) acolherá no mesmo espaço todo o serviço de saúde mental disponibilizado pela Prefeitura de Brusque. Localizado no antigo prédio do Honório Miranda, na rua Hercílio Luz, no Centro, o prédio une os serviços do Centro de Atenção Psicossocial (Caps) 2, Álcool e outras Drogas (Ad) e Infantil, além de um Ambulatório de Saúde Mental. O local funcionará de segunda a sexta-feira, das 8h às 12h e das 13h às 17h.

A princípio, o local atenderá estes quatro serviços. Segundo o secretário de Saúde de Brusque, Humberto Fornari, a pasta prevê a implantação do Geração de Renda e o Economia Solidária. “São duas células que estão vinculadas no sentido de ressocialização, da reintegração desses pacientes à comunidade”.

Fornari afirma que atualmente uma das tendências é reunir todos os serviços de saúde mental em uma estrutura própria que consiga contemplar a maior parte dos serviços do município, se não todos. “Como fomos agraciados com esse espaço é óbvio que faremos o melhor aproveitamento possível”, diz.

Segundo ele, a escolha do nome do centro ocorreu devido a junção dos serviços. “O Caps é uma sigla a nível nacional, em função de acomodar todos os serviços em uma regional própria, batizamos o espaço de Ciaps”, explica.

“O Ciaps é uma estrutura bacana. Teremos que trabalhar bastante para torná-la algo mais aprazível, mas entendemos que temos um futuro longo e que isso vai ser construído ao longo do tempo”, pontua.

Além disso, o secretário não vê que existe um preconceito quanto a sigla Caps. “Acredito que a política de centralizar os serviços nos ajudaram muito a reintegração social desses pacientes e desse tipo de serviço. O que antes era jogado à margem das estruturas da cidade, hoje você vê que desde 2010 temos nossos Centros de Atenção Psicossociais lotados, até em áreas nobres da cidade”, diz.

“Se eu comparar a Casa de Passagem com o Caps, eu estou muito satisfeito com os Caps. A Casa de Passagem sim criou um preconceito muito grande, criou um problema social entre a comunidade e a casa”, acrescenta.

Equipe

Cada serviço contará com o próprio quadro de profissionais, entre eles psiquiatras, psicólogos, terapeutas ocupacionais, assistência social, enfermeiras, profissional de Educação Física, entre outros. Até o momento, a secretaria contabiliza 30 pessoas trabalhando no local.

“As equipes quase que se repetem em todos os Caps. Todos os membros de uma equipe normalmente são profissionais que podem ser utilizados nesses serviços, cada um no seu”, diz. “Eu preciso ter seis profissionais de nível superior em cada Caps além de quatro profissionais da área básica. No ambulatório eu preciso ter psicólogos, psiquiatra e um administrativo”, acrescenta.

O secretário afirma que normalmente os profissionais precisam de espaço para poder trabalhar com as pessoas. Esse fato foi levado em consideração na hora de implantar os serviços em um único local.

“Normalmente eles precisam de espaço para exercícios físicos e ali atrás nós temos uma ampla quadra de esportes, além de toda aquela antiga cozinha que atendia as crianças, sala de jogos, anfiteatro para desenvolvimento de arteterapia e apresentações teatrais”.

Ambulatório de Saúde Mental

O ambulatório fará a integração da rede de saúde primária com a de saúde mental. O paciente passará por um médico e será avaliado. O profissional fará as primeiras condutas e, se não der conta de resolver o eventual problema de saúde, a pessoa será encaminhada ao especialista, como acontece com as outras especificidades. “Ele é um intermediário entre o básico e o super especializado”.

Fornari explica que o espaço é destinado às pessoas que têm alta do Caps, mas que por ventura o médico entende que ainda precisa de atendimento psiquiátrico. “Além dos pacientes que estão na Unidade Básica de Saúde, que não são tão graves para ir ao Caps, mas que o médico não consegue dominar”.

Segundo o secretário, após o encaminhamento da Unidade Básica de Saúde (UBS) ao ambulatório, os pacientes serão regulamentados na Central para que ninguém passe na frente dos demais. “Seguiremos o protocolo. Se estiver na vez dele, ele será chamado e atendido, como acontece nas outras especificidades também”.

Se após o atendimento a situação do paciente melhorar, ele voltará a ser atendido na UBS. Caso a situação piore ou não seja resolvida, a pessoa será encaminhada ao Caps.

Caps 2 e AD

Já os Caps 2 e AD têm portas abertas e atendem a todos que chegarem no local em busca de ajuda. “Qualquer paciente que estiver passando na rua e entender que precisa de ajuda vai para o Caps. Ele é avaliado, será acolhido após a avaliação e a equipe que vai dizer se esse paciente tem ou não tem necessidade, não é escolha”, afirma Fornari.

Apesar de estarem no mesmo local, cada serviço atenderá em uma sala separada, conforme explica o secretário. “Se você é paciente que sofre de um transtorno de dependência, seja álcool ou outras drogas, você terá o direcionamento para o Caps AD”, exemplifica.

Caps Infantil

O Caps Infantil ainda está em processo de implantação. No local, haverá um parquinho para que as crianças possam brincar, além de arteterapia para que eles possam trabalhar a parte lúdica. “Ali teremos pacientes infantis desde esquizofrenia até um autismo”, explica.

Os pacientes serão atendidos primeiramente na UBS e posteriormente encaminhados ao local, assim como as pessoas que vão ao ambulatório.

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