Saiba como funcionará o processo de beatificação de Padre Léo
Padres envolvidos no processo explicam os detalhes
Padres envolvidos no processo explicam os detalhes
Uma coletiva apresentou os detalhes técnicos da beatificação de Padre Léo na tarde deste sábado, 7. O encontro foi realizada no Comunidade Bethânia, em São João Batista, e contou com a presença do Arcebispo da Arquidiocese de Florianópolis, Dom Wilson Tadeu Jönck, do presidente Instituto Padre Léo e autor da causa de beatificação, Padre Lúcio Tardivo, e do postulador da causa, Paolo Villota, diretamente do Vaticano.
Tudo começa com um Inquérito Arquidiocesano sobre a vida, as virtudes e a fama de santidade do servo de Deus padre Léo. Após a instauração do Tribunal Eclesiástico, serão recolhidos os testemunhos de padre Léo.
Também serão coletados testemunhos de pessoas que conheceram padre Léo quando ele ainda estava vivo. Será feito um interrogatório sobre a vida do candidato a beato.
Ao mesmo tempo, será coletado um material sobre a vida de padre Léo desde o casamento dos seus pais. O intuito é analisar a fama de santidade, onde ele morou, cartas escritas e obras publicadas.
Após a coleta desse material e a formação do dossiê, o conteúdo será entregue na Congregação da Causa dos Santos, em Roma, para um outro estudo. “O processo é sobre o reconhecimento das virtudes, não a de cada dia, mas a heroicidade das virtudes”, explica Villota.
Antes de ser decretada a beatificação será preciso comprovar um milagre que aconteceu após a morte de padre Léo por sua intercessão. Para a canonização, também será preciso comprovar um milagre, mas ele deve ocorrer após o título de beato.
Segundo ele, o único juiz da causa dos Santos é o papa, que ao final de todo o processo afirmará se o candidato ao título será beato. “O papa será o último que dá a palavra. Antes de chegar ao papa tem o estudo da Congregação dos Santos de teólogos, cardeais e bispos. Depois do parecer deles é que vão pedir a venerabilidade”, explica o postulador.
Toda a análise dos documentos acontece em Roma. A função da Arquidiocese de Florianópolis é de recolher todos os documentos.
O processo não tem data para término pois, como explica Vilotta, cada processo é diferente. Além disso, quanto mais documentos a serem analisados, mais tempo para finalizar os estudos. “Todos sabem que ele não viveu muito tempo, mas que viveu intensamente. Ele tem muitos trabalhos e muitos documentos”, declara.
Vilotta diz que começou a conhecer o trabalho de padre Léo há um ano, mas que a cada dia há uma novidade que o ajuda pessoalmente e espiritualmente. Segundo ele, sua função é de ajudar a conduzir todo o processo até o fim do Inquérito Arquidiocesano, quando os documentos serão encaminhados para Roma.
“É importante dizer que não estamos beatificando Padre Léo, estamos realizando um estudo sobre sua vida”, pontua.
Dom Wilson pede que todos aqueles que tiverem documentos, alguma texto escrito pelo candidato a beato ou depoimentos a respeito da vida de padre Léo, que façam esses itens chegarem até a comunidade pois poderão ser úteis na causa de beatificação.
Além do processo de beatificação de padre Léo, outras quatro causas estão abertas: a da Beata Albertina Berkenbrock, da Diocese de Tubarão; do Servo de Deus Marcelo Câmara, da Arquidiocese de Florianópolis (que será aberta neste domingo, 8); do Servo de Deus Frei Bruno Linden, Diocese de Joaçaba; e do Servo de Deus padre Aluísio Boeing, da Diocese de Joinville.