Saiba como a liberação de cilindros industriais para fins medicinais afeta hospitais de Brusque

Por causa do agravamento da pandemia, Anvisa abriu temporariamente essa exceção para aumentar a capacidade de produção

Saiba como a liberação de cilindros industriais para fins medicinais afeta hospitais de Brusque

Por causa do agravamento da pandemia, Anvisa abriu temporariamente essa exceção para aumentar a capacidade de produção

Cilindros de gases industriais poderão ser utilizados para receber oxigênio medicinal para serem distribuídos na área da saúde pública. Por causa do agravamento da pandemia da Covid-19, a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) abriu, temporariamente, essa exceção para aumentar a capacidade de produção deste insumo. Em Brusque, a decisão ainda não afeta os hospitais, mas é vista com bons olhos pelas diretorias.

Segundo a diretoria do Hospital Azambuja, o local conta com um tanque de oxigênio, que é abastecido de duas a três vezes por semana. O cilindro, portanto, só é utilizado caso o paciente precisa sair do leito para fazer um exame. Ou quando um paciente é transferido de um setor para o outro. Por exemplo, da enfermaria até a UTI, ele é acompanhado desse cilindro.

“É possível que afete o fornecedor do oxigênio. Nós temos um tanque e todos os pacientes não precisam do cilindro quando estão nos leitos, nós temos toda a tubulação de oxigênio e ela é alimentada por esse tanque. Esse tanque é como se fosse um grande cilindro”, informa gestor hospitalar, Gilberto Bastiani.

O administrador do Hospital Dom Joaquim, Raul Civinski de Souza, conta que a decisão não causa uma influência grande no cotidiano no local. Ele explica que o hospital não sofre com a falta de insumos, por enquanto. “Mas, claro, vemos com bons olhos para o sistema como um todo”, diz.

De acordo com a gerente de operações do Imigrantes Hospital e Maternidade de Brusque, Fernanda Rodrigues, toda decisão que vise aumentar a oferta de insumos utilizados no Tratamento da Covid-19 são vistos de forma positiva pelo hospital.

Segundo ela, até o momento o Imigrante não teve problema de desabastecimento. A empresa fornecedora de oxigênio tem atendido a demanda e em tempo hábil. “Vamos ver se na prática vai acontecer e trazer benefícios para a população”, comenta.

Sobre a liberação

A resolução que libera os cilindros de gases industriais foi publicada pela Anvisa no dia 19, em edição extra do Diário Oficial da União de forma ad referendum. Ou seja, será submetida oportunamente à aprovação da Diretoria Colegiada da Anvisa.

Com isso, poderá ser utilizado o cilindro cinza, ao invés do verde, pra envasar oxigênio medicinal. De acordo com a Anvisa, as empresas deverão atender a alguns critérios de qualidade, como utilização de válvulas testadas e aprovadas, limpeza adequada dos cilindros industriais para eliminar contaminação cruzada e rotulagem adequada para o gás medicinal.

Também poderão ser utilizadas, para envasamento dos gases medicinais, unidades e rampas de gases industriais, sem a necessidade de análise de projeto arquitetônico e licenciamento sanitário pelas autoridades locais. Para isso, basta que a empresa tenha a Autorização de Funcionamento (AFE).

Segundo a agência, atualmente, os pedidos de concessão ou alteração de AFE relacionados a gases medicinais estão sendo priorizados de forma ativa. Após o protocolo do pedido, a decisão é publicada em até 48 horas.

A Anvisa anunciou quatro medidas para evitar o desabastecimento de insumos usados no combate à pandemia da Covid-19. Além de abrir exceção sobre os cilindros de oxigênio, a agência autorizou a importação direta de diversos medicamentos e dispositivos médicos não regularizados no país.

Os medicamentos usados para a intubação de pacientes também obedecerão temporariamente a regras mais simples de fabricação e de venda. E ainda a distribuição desses produtos foi facilitada.


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