Saiba como será a implementação do novo teste do pezinho em Brusque

No total, 14 novas doenças devem passar a ser identificadas a partir do ano que vem

Saiba como será a implementação do novo teste do pezinho em Brusque

No total, 14 novas doenças devem passar a ser identificadas a partir do ano que vem

O presidente Jair Bolsonaro sancionou na última semana o projeto de lei aprovado pelo Congresso que amplia o número de doenças rastreadas pelo teste do pezinho, exame realizado com a coleta de gotas de sangue do pé do recém-nascido entre o terceiro e o quinto dia de vida.

Atualmente, o Sistema Único de Saúde (SUS) realiza um teste que engloba seis doenças. Com a nova lei, agora sancionada, o exame passará a englobar 14 grupos de doenças, que podem identificar até 53 tipos diferentes de enfermidades e condições especiais de saúde.

O teste do pezinho é essencial para diagnosticar doenças raras, que, em 75% das vezes, se manifestam ainda na infância.

Implementação

O processo de ampliação do teste será feito de forma escalonada. O prazo para inclusão do rastreamento das novas doenças será fixado pelo Ministério da Saúde. As mudanças propostas pelo texto entrarão em vigor um ano após sua publicação, ou seja, a partir de maio do ano que vem.

O teste do pezinho deve ser feito em todo o recém-nascido, preferencialmente, entre as 48 horas e o quinto dia de vida. Pelo SUS, cerca de 2,4 milhões de bebês fizeram o teste nos últimos três anos.

Adaptações necessárias

O exame é realizado em quase 29 mil pontos no país. A clínica responsável pelo teste do pezinho no Sistema Único de Saúde (SUS) nos bebês de Botuverá, Brusque e Guabiruba é a Uni Duni Tê. Coordenadora da unidade, Valdete Battisti Archer considera um avanço importante para o diagnóstico precoce das doenças.

Clínica Uni Duni Tê realiza o exame nas crianças de Brusque e região | Foto: Uni Duni Tê/Divulgação

Valdete explica, porém, que será necessário principalmente uma adequação dos laboratórios para que o exame possa ser cada vez mais detalhado, mas acredita que eles estão preparados para as mudanças.

“Isto depende da adaptação de toda a estrutura do SUS. Para a coleta, acredito que não vão haver grandes mudanças, mas para os laboratórios sim. Nosso hospital de referência, o Infantil de Florianópolis, já tem o protocolo para o atendimento das seis doenças rastreadas atualmente, porém o tempo que vai demorar para a implantação das novas investigações ainda precisamos ver. Mas é uma notícia maravilhosa”, avalia.

A principal adaptação que o SUS precisará passar, explica Valdete, é sobre o que será feito a partir do teste do pezinho, que serve como triagem. Este exame faz parte do Programa Nacional, sendo assim, engloba outras etapas, como o diagnóstico e o tratamento dessas doenças.

Atualmente, o sistema de saúde está estruturado para o tratamento das seis doenças que o teste do pezinho identifica  (fenilcetonúria, hipotireoidismo congênito, doença falciforme e hemoglobinopatias, fibrose cística, hiperplasia adrenal congênita, deficiência de biotinidase), mas a implementação de novos diagnósticos vai demandar novas estruturas.

Como fazer o teste do pezinho em Brusque e região

Apesar da pandemia, a clínica Uni Duni Tê manteve o atendimento às crianças. As fichas para a realização do teste do pezinho são entregues de segunda a sexta-feira, das 8h às 10h. O local fica na avenida Augusto Bauer, 350, anexo à Apae. O agendamento pode ser feito pelos telefones 3351-2482 e 98459-0607 


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