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Saiba como vivem os funcionários dispensados das empresas têxteis de Brusque que enfrentam crise financeira

Conheça histórias de trabalhadores que ainda aguardam para receber verbas rescisórias

Nos últimos dois anos, Brusque viu suas centenárias empresas do setor têxtil ruírem.

A Buettner teve seu pedido de recuperação judicial aprovado pelos credores. A Companhia Industrial Schlösser até conseguiu a aprovação, mas em janeiro deste ano os credores voltaram atrás no plano de recuperação. Agora, a Fábrica de Tecidos Renaux também elabora sua recuperação.

Só que no meio dos frios números astronômicos das dívidas, estão as pessoas que faziam as máquinas dessas gigantes funcionarem.

O MDD foi atrás de histórias de quem tenta se recuperar do baque de perder o posto de trabalho que foi sustento durante uma vida inteira.

A história do tecelão Juarez dos Santos Leal, 41 anos, tem pontos em comum com a de pelo menos mais 2,5 mil trabalhadores que, segundo o Sindicato dos Trabalhadores da Indústria de Fiação e Tecelagem de Brusque (Sintrafite), aguardam para receber alguma quantia que lhes é de direito.
Juarez trabalha há mais de vinte anos como tecelão. Em abril de 2011, depois de dezesseis anos de Companhia Industrial Schlösser, ele soube que o contrato de trabalho seria rescindido.

O tecelão não acreditava que isso fosse acontecer, tanto que esperou todos os dias, durante quatro meses, que a Schlösser o chamasse de volta. Mas isso não aconteceu.

Ao contrário das contas, os salários pararam de chegar. Pai de quatro filhos, três pequenos para sustentar, o tecelão teve que se virar para pagar as contas. Fez empréstimos. Se desfez de bens.

** Na edição impressa do MDD desta sexta-feira, 23, você confere mais da história de Juarez e de Neusa Maria Ledra, ambos aguardando resoluções da Justiça para receber verbas trabalhistas. Saiba também o que o Sintrafite tem a dizer sobre a situação das grandes empresas que entraram com processo de recuperação judicial.