Saiba o que causa alta no valor do aluguel de imóveis em Brusque
Imobiliárias trabalham em renegociações entre inquilinos e proprietários
Imobiliárias trabalham em renegociações entre inquilinos e proprietários
Os valores do aluguel de imóveis vem aumentando em Brusque. Os reajustes nos contratos são impactados pelo Índice Geral de Preços – Mercado (IGP-M), que variou 0,78% em julho, contra 0,60% no mês anterior. Portanto, o índice, que é calculado pela Fundação Getúlio Vargas (FGV), acumula alta de 15,98% no ano e de 33,83% nos últimos 12 meses.
O IGP-M mede a inflação de uma série de produtos e serviços em todos os estágios de produção. Então, ele é usado no reajuste de contratos de aluguel de imóveis e de algumas tarifas públicas, como conta de luz. Ou seja, quando o IGP-M indicador está em alta, a tendência é que os contratos de aluguel subam.
A gerente de locação da Ambrosi Imóveis, Fabrícia Kortz, explica que a imobiliária segue o índice. Ela, que trabalha há 26 anos no ramo, aponta que a alta é resultado da pandemia do coronavírus. “Nunca vi o índice chegar nesse patamar, no máximo 15% anual. O IGP-M precisa ser seguido e usado como base de cálculo para renovação”, diz.
Fabrícia avalia que o IGP-M atual é abusivo e está fora do normal. “Fora do poder econômico das pessoas. Além do custo de vida ter aumentado, é preciso ter negociação”, afirma.
De acordo com Andressa Ferreira da Luz, que é gerente de locação da Imobitá Negócios Imobiliários, o índice tem se intensificado neste ano, apesar dos fortes efeitos da pandemia em 2020. Ela ressalta que o ápice ocorreu entre maio e junho, quando o IGP-M chegou a 37%.
Outro fator que impacta no aumento dos aluguéis é a alta procura por imóveis. Andressa aponta que nos últimos meses a imobiliária percebeu que a demanda por aluguéis cresceu, consequentemente, os valores aumentam. Isso acontece principalmente pela falta de imóveis disponíveis no mercado.
Segundo ela, as maiores procuras são por aluguel no Centro, com destaque para próximo da loja Havan, além dos bairros Santa Rita e São Luiz. “É a oferta e a demanda, quando tem muita gente procurando e tem pouca oferta de imóveis ocorre a subida nos preços. Às vezes para um imóvel tem três ou quatro pessoas aguardando na fila”, conta.
Neste caso, Andressa avalia que os efeitos são positivos, pois indica um mercado aquecido. “Muitas pessoas estão procurando por terem vindo de fora da cidade. Elas normalmente chegam com uma boa expectativa e com bons salários”, ressalta.
Andressa também explica que o trabalho maior é a renegociação entre o proprietário e o inquilino. “Isso ocorre desde o final do ano passado. É difícil fazer esse meio termo. A pessoa que está pagando pode não ter condições de pagar o reajuste e o proprietário também precisa deste valor”, explica.
Ela detalha que geralmente é feita uma negociação da renovação entre as partes. Então, passam o valor atualizado pelo IGP-M, o inquilino faz uma proposta e que é repassada ao proprietário. “É uma intermediação, mas conseguimos bons resultados. Estamos aplicando porcentagens de anos anteriores”, diz.
Fabrícia complementa que o trabalho com os clientes é em manter os bons pagadores. Para isso, o desafio é na negociação entre o locador e o locatário. Ou seja, não tem como mudar o índice, mas é possível abaixar o valor da aplicação.
“Tem que ter o meio termo. Precisa ter bom senso, pois a gente sabe que o custo de vida está caro. Conseguimos reajustes entre 10% e 15%”, finaliza.
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