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Saiba o que disseram os candidatos a prefeito de Guabiruba durante o debate do jornal O Município

Este é o único debate entre os postulantes ao cargo na cidade

Nesta quarta-feira, 2, o jornal O Município promoveu o único debate entre os candidatos à Prefeitura de Guabiruba, Marquinho Habitzreuter (Podemos), Renata Ferreira (PL) e Zirke (PP). Os três tiveram a oportunidade de apresentar propostas e falarem sobre o seu plano de governo durante cerca de uma hora e meia.

Assista ao debate na íntegra:

Perguntas formuladas pelo jornal

No primeiro bloco, os candidatos responderam a perguntas formuladas pela equipe do jornal O Município.

Marquinho Habitzreuter respondeu sobre suas mudanças de partido — na última eleição para prefeito, em 2020, ele concorreu pelo PL, contra o ex-prefeito Orides Kormann (MDB), que é seu candidato a vice, e se apresentava como alternativa à polarização entre o 11 e o 15 (além disso foi candidato a deputado pelo DC em 2022).

Ele admitiu a polarização histórica do município entre PP e MDB, mas ressaltou que ele foi escolhido como cabeça de chapa por outra sigla, o Podemos. Marquinho justificou que, “sozinho”, como disputou em 2020, teria dificuldade para disputar contra o partido do governo, que já está no comando da cidade há mais de uma década, e destacou que não tem problemas com nenhum político da cidade. Segundo ele, seu partido entendeu que o melhor caminho era formar uma coligação com o MDB. Também elogiou a experiência de Orides.

Já Zirke foi perguntado sobre as reclamações de falta de diálogo com a sociedade, inclusive por parte de vereadores de sua base aliada na Câmara — o caso mais emblemático foi quando um cidadão invadiu o seu gabinete para fazer cobranças.

O atual prefeito disse que sempre deixou as portas do gabinete aberto e tratou as cobranças como algo normal do cargo. Sobre o caso da invasão, ele disse que foi um fato “armado para prejudicar o seu governo”.

Por fim, Renata Ferreira foi questionada sobre sua falta de experiência na política, já que ela nunca concorreu em uma eleição, nem ocupou cargos públicos.

Ela disse que tem experiência e competência para ocupar o cargo pela sua trajetória como mãe e empresária, e ainda destacou que não governará sozinha. Para a candidata do PL, sua chapa representa uma real mudança para o município.

Temas sorteados

O segundo bloco iniciou a fase de perguntas entre os candidatos. Primeiro, com temas sorteados pelo mediador do debate, o jornalista Cristóvão Vieira.

O primeiro candidato a perguntar foi Zirke, com o tema obras. Ele questionou Marquinho sobre como faria uma mudança já que não tem experiência no cargo e falou sobre as eleições que ele perdeu. O candidato do Podemos disse que não tem vergonha de nunca ter sido eleito e se disse preparado. “Sei o que preciso fazer porque estou escutando a cidade”. Ele ainda disse que o governo pinta um cenário de obras que não é real na cidade.

Marquinho questionou Renata sobre o tema parque municipal. Ele perguntou a opinião dela sobre o futuro do espaço, adquirido durante a administração de Zirke. A candidata do PL disse que a construção não será uma de suas prioridades, mas que vai ouvir a população para que a área seja utilizada da melhor maneira. Segundo ela, a população questiona o investimento feito no terreno ao invés de outras áreas, como a saúde.

Renata fechou o bloco questionando Zirke sobre o tema hospital municipal. Ela questionou o investimento feito pela administração do prefeito na compra de um terreno para ao parque municipal ao invés de destinar esses valores à saúde. O prefeito afirmou que ampliou o horário de atendimento, prometeu a construção de uma UBS no Centro e de um novo hospital, e ainda citou outras ações na área realizadas durante o seu mandato. “Como a senhora não tem experiência pública, acha que tudo é fácil”, disparou. Ele ainda disse que alguns problemas são por causa de demora de transferência de recursos do partido da candidata – nesse caso, do governo Jorginho Mello. Afirmou ainda que, após a campanha, o hospital vai funcionar 24 horas.

Embates diretos

A partir do terceiro bloco, os candidatos passaram a fazer perguntas entre si com tema livre.

Renata questionou Zirke sobre a falta de propostas para saúde em seu primeiro plano de governo registrado – que depois foi alterado – e também porque mudou de ideia em relação à viabilidade da construção de um hospital. Ele disse que o seu plano foi criado com auxílio da população e que incluiu propostas factíveis. O candidato, porém, não respondeu diretamente a questão feita pela candidata do PL, mas disse, outra vez, que ela “faz esse tipo de pergunta porque não tem experiência”.

Zirke indagou Marquinho por sua constante mudanças de partidos. Ele lembrou a saída do atual prefeito do PT e o chamou de oportunista pela mudança. “Por isso, hoje eles nem votam mais em você”. O candidato do Podemos disse que não tem paixão por partidos e destacou que conta com todas as siglas, incluindo o PP e o PL, de seus concorrentes. “Não estamos olhando para partidos, não tenho fanatismo. Para mim, política é coisa séria”.

Marquinho perguntou para Renata qual foi o motivo de ela ter se lançado candidata. Ela disse que seu objetivo é servir à população e não “trabalhar em benefício próprio, como acontece hoje”. Segundo ela, o que a move “é fazer a diferença para cuidar da população”.

O quarto bloco iniciou com Marquinho perguntando para Zirke. O candidato do Podemos questionou o atual prefeito sobre falta de transparência da administração em relação a empréstimos e financiamentos. De acordo com o atual prefeito, “nenhum governo foi mais transparente” do que o dele. Ainda ressaltou que as contas são acompanhadas pelo Observatório Social. Segundo ele, todos esses investimentos citados pelo candidato rival estão sendo pagos.

Na sequência, foi a vez de Zirke questionar Renata. O prefeito pediu a ela para citar suas propostas para a cultura, já que o vice dela é crítico da Sociedade do Pelznickel. Ela afirmou que entende a cultura como uma forma de fomentar a economia, garantiu que vai fortalecer as tradições da cidade e pretende trabalhar em conjunto com associações para levar adiante o nome de Guabiruba.

Quem fechou o bloco foi Renata perguntando Marquinho. Ela o questionou sobre propostas para crianças autistas. De acordo com o candidato do Podemos, a prefeitura atualmente fornece apenas um cuidado muito superficial para essa população e citou uma proposta de criação de um núcleo para atendimento às crianças em tempo integral.

Última chance de debater

O quinto e último bloco iniciou com Zirke questionando Renata sobre propostas para atrair mão de obra para o município. A candidata do PL acredita que a prioridade deve ser qualificar a população que já mora em Guabiruba. Ela citou que pretende que a Assistência Social desenvolva trabalho especial com pessoas que chegam ao município para realização de cursos profissionalizantes e também falou de propostas para qualificar tecelões e costureiras, em parceria com empresas.

Renata perguntou Marquinho sobre projetos para educação. O candidato do Podemos falou em ampliação das creches em período integral – segundo ele, a administração atual fez uma “maquiagem” – e promoção de capacitação a professores. Ele ainda retomou a necessidade de atendimento aos estudantes autistas e falou também sobre a necessidade de ampliar a segurança nas unidades escolares.

Marquinho fechou questionando Zirke sobre qual é a sua principal prioridade para o município. Segundo o atual prefeito, é a saúde. Ele afirmou que sua administração aumentou o investimento na área e afirmou que vai transformar a antiga policlínica em associação hospitalar. “Temos uma concessão para lançar e temos recursos federais para a construção de uma UBS no Centro”.


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