Saiba a opinião dos candidatos a deputado estadual de Brusque e região sobre a reforma da previdência de SC
PEC foi aprovada em agosto do ano passado sob protestos de algumas categorias
Em agosto do ano passado, a Assembleia Legislativa de Santa Catarina (Alesc) aprovou a Proposta de Emenda à Constituição (PEC) 5/2021, texto com a reforma da previdência estadual.
O projeto foi aprovado por 30 votos a nove em primeiro turno e 29 votos a oito no segundo turno e estabelece modificações no pagamento previdenciário de servidores públicos estaduais. Ele ainda precisará passar por uma votação de segundo turno.
Durante a sessão, os arredores da Alesc registraram uma intensa manifestação de servidores públicos. Milhares de policiais civis, professores e sindicatos estiveram presentes, fazendo protestos contra o projeto.
O texto suavizou regras de transição, aumentou o cálculo de pensão por morte, aumentou a idade mínima de aposentadoria e retirou a previsão de alíquotas extraordinárias.
O jornal O Município solicitou aos candidatos a deputado estadual da região que explicassem em, no máximo, 1,2 mil caracteres, sua opinião sobre a reforma da previdência aprovada pela Alesc no ano passado, e as opiniões foram diversas.
Sob protestos de policiais civis, professores e sindicatos, a reforma da previdência de SC foi aprovada na Assembleia Legislativa no ano passado. Concorda com as mudanças?
Dr Jonas (Patriota)
A questão da previdência é muito complexa em função de várias mudanças que estão ocorrendo em nossa sociedade. Uma delas é o aumento da expectativa média de vida que, em Santa Catarina, é de 78 anos. Outra é a questão da justiça social. Algumas categorias têm aposentadorias especiais em função de atividades perigosas ou insalubres, como o caso dos policiais. Também a profissão de professor é muito desgastante e precisa ser avaliada com muito cuidado.
Por ser um assunto muito complexo e que exige muito cuidados, não posso emitir uma opinião definitiva sobre o assunto, sem antes me inteirar de todos os detalhes do processo que resultou na reforma previdenciária.
Henrique Ávila (PSD)
Jocimar dos Santos (DC)
Sou contra qualquer tema, assunto ou projeto que venha tirar o direito adquirido das pessoas.
Laila Graf (PSC)
Luciano Camargo (União)
Marcos Habitzreuter (DC)
Paulo Eccel (PT)
Os altos salários e as mordomias continuam existindo em todos os poderes, no legislativo, no judiciário, no executivo e também na esfera militar. Quando fui prefeito de Brusque, diminuímos de 700 para 240 os cargos comissionados e investimos em qualificação e valorização dos quadros efetivos de servidores, por entender que estes são fundamentais para o bom funcionamento dos serviços públicos.
Exceções existem, mas na sua esmagadora maioria, os servidores públicos trabalham, e muito. Testemunhei isto quando prefeito. Todos querem saúde, educação, estradas conservadas. Quem realiza estes serviços são os servidores públicos. É comum ouvirmos que tem funcionário público demais. No entanto, no Brasil, apenas 10% dos trabalhadores são funcionários públicos. Sabem qual o percentual na maioria dos países europeus? Na faixa de 30 a 35% dos trabalhadores estão no serviço público. Então, o problema não está na quantidade de funcionários públicos e em seus direitos conquistados com muita luta. Está nos altos salários de alguns e na má gestão dos recursos públicos pelos governantes.
Yordan Gums (Novo)
Assim como no orçamento familiar, meu ou no de qualquer pessoa ou empresa, é preciso gastar menos do que ganhamos, e assim deve ser no orçamento público em todas as áreas. Quando o Estado não está com as contas em dia que paga a conta é sempre a população já que para aumentar seus ganhos, o Estado aumenta impostos ou se endivida, em ambas o “boleto” vai para o povo pagar.
Com a reforma da previdência sendo aprovada, recursos importantes que podem ser investidos em áreas essenciais para os catarinenses deixam de ser consumidos pelo déficit.