Saiba quais propostas o Carlos Renaux fez ao Brusque para uso do Augusto Bauer a partir de 2024

Tricolor apresentou opções com valores a depender da divisão nacional do quadricolor, que tem mais de um ano para decidir

Saiba quais propostas o Carlos Renaux fez ao Brusque para uso do Augusto Bauer a partir de 2024

Tricolor apresentou opções com valores a depender da divisão nacional do quadricolor, que tem mais de um ano para decidir

O Carlos Renaux abriu ao público as propostas feitas ao Brusque para a renovação do contrato de aluguel do estádio Augusto Bauer em 2024. Em uma reunião com membros da diretoria dos dois clubes, realizada em 31 de agosto, o tricolor apresentou as opções possíveis para a renovação, que variam de acordo com fatores como a construção de uma nova arquibancada lateral e a utilização do futuro gramado sintético e vestiários. O contrato vigente é válido até o final de 2023.

As propostas para a renovação do contrato de aluguel têm as seguintes principais variáveis: a possível construção de uma arquibancada lateral (a ser arcada pelo Brusque) e o uso da estrutura e do futuro gramado sintético para treinos.

Com o estádio nas condições atuais, o Carlos Renaux recebe hoje R$ 43 mil mensais pelo aluguel, com o Brusque utilizando, diariamente, parte da estrutura interna: atualmente, são 11 espaços dentro do estádio

Ainda com tempo para poder tomar uma decisão, a diretoria do Brusque não se manifestou publicamente sobre que caminho tomará acerca do futuro do clube em relação a estádio.

Opção 1 – O Brusque constrói a arquibancada lateral

Nesta opção, o Brusque fica encarregado de construir uma arquibancada na lateral do campo, paralela ao atual setor coberto. Sob esta arquibancada, é sugerido que seja construída uma estrutura física que atenda as necessidades do clube, como academia, rouparia, sala de imprensa, entre outras. O quadricolor faria uso exclusivo desta construção.

O Brusque também terá direito a compartilhar o gramado sintético com o Carlos Renaux para treinos. Neste ponto, serão feitas avaliações da vida útil da grama e da necessidade de reparos para que os dois clubes consigam usar o campo para treinos sem comprometê-lo para o jogos ao longo da temporada.

O tempo do contrato de aluguel será conversado, mas a proposta feita sugere uma concessão de 10 anos. Qualquer melhoria exigida por uma competição como a Série A do Brasileiro será arcada pelo Brusque.

Os valores mensais variam de acordo com a divisão nacional em que o Brusque estiver no ano. Eles terão reajuste anual conforme o Índice Geral de Preços do Mercado (IGPM) acumulado.

Se estiver na Série D: R$ 30 mil*
Se estiver na Série C: R$ 45 mil*
Se estiver na Série B: R$ 60 mil*
Se estiver na Série A: R$ 150 mil*

*Com um suposto início do contrato em 2024, estes valores terão correção posterior do IGPM.

Opção 2 – O Brusque não constrói a arquibancada lateral

Neste cenário, haverá o espaço no lado oposto ao do atual setor coberto para que o Brusque possa instalar arquibancadas metálicas.

Se o Brusque utilizar o campo somente para os jogos, as mensalidades são as mesmas:

Se estiver na Série D: R$ 30 mil*
Se estiver na Série C: R$ 45 mil*
Se estiver na Série B: R$ 60 mil*
Se estiver na Série A: R$ 150 mil*

Contudo, se o Brusque não oferecer a contrapartida de construir a arquibancada e optar por compartilhar campo e vestiários para treino, os valores dobram:

Se estiver na Série D: R$ 60 mil*
Se estiver na Série C: R$ 90 mil*
Se estiver na Série B: R$ 120 mil*
Se estiver na Série A: R$ 300 mil*

*Com um suposto início do contrato em 2024, estes valores terão correção posterior do IGPM.

Publicidade

Junto às propostas, constam opções de divisão da receita de publicidade por placas, com variação por divisão nacional do Brusque e a depender de qual clube fizer a captação dos patrocínios.

Obstáculos

As exigências de infraestrutura de estádios por parte da Confederação Brasileira de Futebol (CBF) podem ser um obstáculo. Desde 2019, o quadricolor vem sendo beneficiado com concessões em relação aos regulamentos que exigem capacidade mínima no estádio, tanto para as fases finais das Séries D e C quanto para a Série B do Campeonato Brasileiro. Em 2020 e 2021, a ausência e restrição de público na pandemia foram uma prerrogativa favorável ao Brusque para permanecer no Augusto Bauer. Em 2019, a partir das quartas de final da Série D, o regulamento exigia capacidade para 5 mil espectadores sentados; contudo, 5 mil é a capacidade total (em pé e sentados) sem arquibancada metálica.

Caso a CBF, de fato, passe a exigir a capacidade tradicional mínima de 10 mil pessoas para a Série B no futuro (considerando que o Brusque jogue a Série B nos próximos anos), o quadricolor poderá ter dificuldades em fechar o acordo com o Carlos Renaux, mesmo caso queira. O clube proprietário do estádio estima que seja possível expandir a capacidade para 10 mil pessoas. De qualquer forma, seria um investimento que teria que partir do próprio Brusque.

Em 2022, consta no regulamento das Séries B e C que “a avaliação qualitativa prevalecerá de forma excepcional sobre a capacidade, de modo que o estádio que apresentar condições que se enquadrem no nível de exigência para o certame poderá receber partidas do campeonato, mesmo que não atinja a capacidade mínima”. Portanto, o Augusto Bauer tem se enquadrado normalmente nesta temporada.

O projeto

A KRCON Empreendimentos e a BHM Têxtil investirão cerca de R$ 15 milhões num projeto que inclui duas obras: uma reforma total do estádio Augusto Bauer; e um centro empresarial que ocupará a fachada e parte do interior do estádio.

A área em que será construído o centro empresarial será desmembrada do imóvel do estádio e será de propriedade dos investidores. O Carlos Renaux terá 25% da metragem construída no local, incluindo os camarotes previstos no ático e salas comerciais.

No Augusto Bauer, será feita uma reforma completa, sem ampliação da capacidade. O campo será deslocado para criar espaço para o centro empresarial e para a possibilidade de uma nova arquibancada no lado oposto ao do atual setor coberto do estádio. Esta arquibancada poderá ser permanente ou móvel/metálica, na extensão que for conveniente.

Dos primeiros procedimentos burocráticos até a instalação do gramado sintético e a finalização da obra, a estimativa é de que o estádio Augusto Bauer possa ser reinaugurado até o segundo semestre de 2024. O centro empresarial deverá ser finalizado em dezembro de 2024.


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