Saiba quais são as infrações de trânsito que mais multam condutores em Brusque
Dados foram divulgados nesta semana pela Polícia Militar
Dados foram divulgados nesta semana pela Polícia Militar
Em 2019 a Polícia Militar de Brusque registrou 14,6 mil infrações de trânsito. O número é menor do que em 2018, quando mais de 17,7 mil multas foram registradas.
Segundo os dados divulgados, as infrações de trânsito são de uso de celular ao transitar, estacionar de forma irregular, dirigir sem atenção, usar calçados que não se firmem aos pés, entre outras.
De acordo com o comandante do batalhão, tenente-coronel Otávio Manoel Ferreira Filho, o número de infrações caiu por três motivos.
O primeiro deles seria que as infrações registradas na Área Azul foram poucas. Em uma reportagem publicada pelo O Município em outubro do ano passado, o secretário de Trânsito e Mobilidade, Renato Bianchi, explicou que durante 2019 as multas não foram geradas por conta de alguns locais estarem com a sinalização inadequada ou até mesmo inexistente. Segundo o comandante, eram registradas de duas a três mil infrações por ano deste tipo.
Ferreira Filho diz que outro motivo para a diminuição do número de multas foi que a infração por não registrar o veículo em até 30 dias não entrou no relatório do município, somente no estadual do Departamento Estadual de Trânsito do Estado de Santa Catarina (Detran). Esse tipo acrescia em torno de mil infração ao montante.
E, por último, o tenente-coronel lista a falta de efetivo para realizar fiscalizações, tanto da Polícia Militar quanto da Guarda de Trânsito de Brusque (GTB). “Não conseguimos mais fazer operações como outrora se fazia. A vontade é grande, mas trabalhamos no limite”, diz Ferreira Filho.
O oficial destaca algumas infrações de trânsito, sendo as três primeiras colocadas e a décima primeira e a décima quarta. Confira.
O tenente-coronel destaca que o grande vilão do trânsito atualmente é o celular, tanto no município quanto em qualquer outro lugar do mundo. “O ser humano está muito preso ao celular e infelizmente usa esse aparelho na condução”, diz Ferreira Filho.
Ele comenta que além de configurar multa, oferece grande perigo tanto para o condutor quanto para as pessoas ao redor pois tira a atenção de quem está conduzindo o veículo.
O oficial explica que não configura como infração atender chamadas que são realizadas via bluetooth, ou seja, aquelas que o celular conecta com o aparelho de som do veículo. Ele diz que o motorista apenas tira a mão do volante para apertar o botão no som e atender a chamada e depois pode voltar a dirigir e a visão permanece no trânsito.
O não uso do cinto de segurança, seja pelo motorista ou passageiro, gerou 2,1 mil infrações de trânsito em 2019. Ferreira Filho enfatiza que uso deste equipamento é primordial para manter a segurança do condutor e dos outros ocupantes do veículo.
“Quando o condutor [ou passageiro] está sem cinto, o dano e as consequências são muito mais graves”, afirma.
O comandante diz que dos óbitos de pessoas que estavam em veículos no ano passado, todos estavam sem o cinto de segurança, exceto os envolvidos no acidente que aconteceu nos fundos do quartel da polícia, na rodovia Antônio Heil. “Se tivessem sem cinto, todos teriam morrido”, palpita.
Com relação às infrações por documento atrasado, que resultaram em 829 multas no ano passado, o tenente-coronel diz que é uma ocorrência fácil de constatar porque o procedimento de analisar os documentos do veículo é de praxe em uma abordagem. “Quando deparamos com essa infração somos obrigados a multar”, diz.
O comandante destaca as infrações por película irregular porque no ano passado o órgão de segurança adquiriu o luxímetro, um aparelho que mede a transparência de películas de veículos.
“Hoje é comum observarmos veículos com películas abusivamente fortes”, diz Ferreira Filho. Ele comenta que a presença de películas no veículo é prejudicial porque afeta a visão do motorista, principalmente à noite e em dias chuvosos, o que oferece perigo tanto ao condutor quanto às pessoas que estão ao redor.
O oficial diz que ao abordar um veículo com película, ele fica com a arma em punho porque não sabe quem está lá dentro. “Carro de bandidos são sempre fechados na película”, ressalta.
Conduzir veículos sob o efeito de álcool ou drogas não é uma das infrações mais cometidas pelos motoristas no município, mas ainda preocupa. “O fator álcool já foi o principal e hoje está perdendo para o celular, mas ainda é sem sobra de dúvida um dos grandes problemas”, avalia Ferreira Filho.
O tenente-coronel afirma que essa é uma infração é causadora de muitos acidentes que resultam em mortes. Ele diz que dos óbitos ocorridos no trânsito no município, pelo menos cinco tiveram o álcool como causador. “Sempre deve ser dada atenção, sempre deve ser coibida e fiscalizada com rigor”, finaliza.
Confira a lista com as infrações que mais multaram condutores no município: