Saiba qual é a situação da antena de celular no Lageado Alto, em Guabiruba
Função do equipamento é motivo de diversas teorias entre a população
Função do equipamento é motivo de diversas teorias entre a população
A torre de celular instalada no Morro Santo Antônio, no Lageado Alto, em Guabiruba, é alvo de teorias e boatos há anos entre os moradores. O jornal O Município contatou a Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel) e as operadoras para entender o que, de fato, é a antena, e para que ela serve.
A polêmica que existe hoje em Guabiruba é a seguinte: se há uma antena de telefonia no Lageado Alto, por que o sinal naquela região é tão precário? A partir disso foram disseminadas várias histórias, inclusive, uma de que o equipamento teria sido embargado.
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Entretanto, a história é bem mais trivial do que parece. De acordo com a Anatel, a antena do Lageado Alto, localizada a 12 quilômetros de distância do Centro de Guabiruba, está devidamente licenciada e trata-se de uma repetidora.
Segundo a agência, é uma estação de link, ou seja, a torre é uma estação de Serviço Limitado Privado (SLP) da TIM que opera na faixa 8 GHz, entre outras. Em resumo, é uma antena repetidora de sinal, que interliga dois pontos, mas não emite sinal para quem mora no seu entorno.
A TIM confirma que a antena se trata de de uma repetidora. “A TIM esclarece que a torre em questão, localizada no Morro do Santo Antônio, no município de Guabiruba, é um equipamento de transmissão, responsável pela interligação entre as torres que abastecem Guabiruba e região com a Central instalada em Blumenau”.
Sem obrigação
A Anatel esclarece, ainda, que a TIM tem a obrigação de cobrir 80% da área urbana de Guabiruba, o que ela já cumpre. Não existe, portanto, a necessidade de a operadora colocar para funcionar em modo público a antena do Lageado Alto.
A TIM informa que “não há previsão para a inclusão de equipamentos de telefonia celular, esse é um serviço autorizado pela Anatel”.
Uma teoria que circula entre os guabirubenses (e foi contada para reportagem por várias pessoas) diz que “a torre foi desativada devido a um embargo feito pela Justiça ou por um vereador”.
Primeiramente, não há como um vereador embargar nada, pois esse poder cabe somente à Justiça, após devido processo legal. Mas, para além disso, nunca houve representação judicial contra a antena.
Osmar Vicentini é ex-vereador e é apontado como o tal “vereador que embargou a antena”. Entretanto, ele esclarece que isso nunca aconteceu.
Segundo ele, essa história foi inventada durante as eleições. “É tudo a oposição para queimar o nome da gente por causa da política”, declara.
Vicentini afirma, e a ata da Câmara de Vereadores comprova, que a antena foi instalada após um pedido dele. Em 9 de setembro de 2014, ele apresentou uma indicação para pedir a torre no Legado Alto.
O ex-vereador diz que também falou com a Vivo, na época. Vicentini afirma que ele próprio seria beneficiado, porque tem empresa e precisa emitir nota fiscal, mas também toda a comunidade.
“Queriam instalar perto da minha casa, mas não permiti porque é baixo. E no alto atende Botuverá e até Brusque. Foram lá e instalaram e quando estava na construção, começaram a subir concreto e um empregado me disse: ‘o senhor trabalhou tanto, mas essa torre não vai enviar sinal aqui, ela vai ser um espelho de sinal internacional’”, declara.
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Vicentini ficou indignado porque a antena não traria sinal para a população. Foi aí que ele pediu que o prefeito investigasse essa situação.
“O que não aceito hoje é ter radiação em cima da minha pessoa, dos meus vizinhos todos, por nada. Estamos lá com aquela torre”, diz Vicentini. “Está ocupando aquele espaço e a comunidade não ganha sequer um benefício. Tinha lá um equipamento energético e de repente foi levado embora, não se saber o porquê”, completa.