Saiba quantos animais foram resgatados pela Acapra durante a temporada de abandono em Brusque
Cães e gatos são frequentemente abandonados entre o fim e início do ano, sobrecarregando os lares temporários da ONG
Cães e gatos são frequentemente abandonados entre o fim e início do ano, sobrecarregando os lares temporários da ONG
Em pouco mais de dois meses a Associação Brusquense de Proteção aos Animais (Acapra) resgatou aproximadamente 40 animais, entre cães, gatos e até ninhadas dessas espécies. Os números foram registrados somente na temporada de abandono, quando os tutores começam a deixar os animais em terrenos baldios ou em casa sozinhos sem água ou comida.
Essa época recebe esse nome pois frequentemente entre o final de um ano e o início do próximo, a Acapra recebe inúmeras denúncias de bichinhos abandonados.
“Tivemos dezenas de abandonos, típicos de fim de ano, infelizmente. Porém os resgates foram bem limitados pois estamos com uma grande deficiência de lar temporário”, explica a presidente da Acapra, Jéssica Ricardo.
Na avaliação dela, os números de cães abandonados ficaram na mesma linha do que foi registrado no início de 2022. No entanto, os gatos abandonados diminuíram. Jessica comenta que em anos anteriores era muito comum a denúncia de gatos abandonados, inclusive fêmeas que estavam prenhas, o que não foi registrado neste ano.
“Isso pode ser um reflexo da falta de lar temporário. Talvez a população percebeu essa carência e tentou resolver o problema por conta própria, abrigando o animal”.
Por outro lado, o registro de cães sem água e no sol forte geraram uma grande demanda. Exemplo disso foi o resgate de uma cadela prenha, que deu à luz a 12 filhotes, em novembro.
Devido à falta de lares temporários, a entidade precisou priorizar os resgates de casos graves. Jéssica comenta que iniciou o período de férias com os nove animais que foram adotados por ela em casa, além de outros seis que são lares temporários. “Infelizmente os resgates não acontecem pois as pessoas não estão dispostas a sair da zona de conforto pra tentar auxiliar”, lamenta.
Com a sobrecarga dos lares temporários, as denúncias de maus-tratos também foram impactadas. “Tivemos muitos casos agora no fim do ano, mas sem lar temporário não dá para assumir essa responsabilidade, os animais precisam de um destino, não dá para ficar internado em uma clínica ou hotel”, salienta Jessica.
A presidente reforça que o lar temporário é peça chave para que o resgate possa ocorrer. Os voluntários pedem para que a pessoa que presenciou o abandono acolha o animal. “Em seguida vem a questão dos custos, pois mesmo um animal saudável gera gastos com antipulgas, vermífugo e castração. Caso a pessoa não possa acolher, pode cuidar do animal na rua mesmo e ir divulgando para buscar um lar”, explica.
Jessica ainda incentiva as pessoas a fazerem boas fotos dos bichinhos pois elas fazem a diferença e podem ser essenciais para a adoção do animal resgatado.
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