Saiba quem era Claudecir Carneiro, subtenente do Corpo de Bombeiros de Brusque que morreu aos 48 anos

Subtenente Carlos Henrique de Andrade recorda as histórias e trajetória do amigo de longa data

Saiba quem era Claudecir Carneiro, subtenente do Corpo de Bombeiros de Brusque que morreu aos 48 anos

Subtenente Carlos Henrique de Andrade recorda as histórias e trajetória do amigo de longa data

Claudecir Carneiro, o subtenente do Corpo de Bombeiros de Brusque que morreu nessa quarta-feira, 1º, será lembrado pelos colegas de corporação como um grande amigo e conselheiro, além de um profissional dedicado.

Ele ingressou no Corpo de Bombeiros em maio de 1994, em Florianópolis, onde realizou o curso de Soldado no CBMSC, e atuou no Grupamento de Busca e Salvamento.

Anos depois, ele solicitou a transferência e foi para o quartel de Bombeiros em Itajaí. Já em 2000, também por desejo próprio, Carneiro solicitou transferência para o quartel de Bombeiros de Brusque.

Destaque na corporação

O subtenente do Corpo de Bombeiros de Brusque, Carlos Henrique de Andrade, amigo de longa data de Carneiro, recorda que ele sempre se destacou dentro da corporação como um excelente profissional. Ele tinha papel importante nas ocorrências de mergulho e efetuou vários resgates de vítimas com vida ou até em óbitos no mar ou em águas de rios.

Além disso, Carneiro trabalhou por diversos anos como Guarda Vidas nas praias de Santa Catarina, principalmente nas praias da região, como Itajaí, Itapema, Porto Belo, Bombinhas, Balneário Camboriú, Navegantes, Barra Velha, entre outras.

Atuou também no serviço de combate a incêndio e no serviço de Atendimento Pré Hospitalar nas ambulâncias com profissionalismo. “Devido à graduação a Sargento e, na sequência, a Subtenente, atuou na função de chefe de socorro, comando com muito êxito e profissionalismo junto aos seus pares: sargentos, cabos, soldados, bombeiros comunitários e agentes da Defesa Civil”, comenta o amigo.

Compartilhando experiências

Carneiro será lembrado pelos colegas de profissão como um grande amigo e conselheiro, que transmitiu toda a experiência profissional para os irmãos de farda, sempre auxiliando no que era possível.

“Nos dias de folga, ele gostava de reunir os colegas para uma resenha, churrasquinho e bom bate papo, gostava muito de ouvir músicas sertanejas principalmente os cantores Bruno e Marrone, vivia sempre alegre cantando pelos corredores de nosso quartel, incentivando todos que ali se encontravam a cantar junto com ele, tinha bom relacionamento com todos”, lembra Carlos Henrique.

Anos de amizade

“Conheci o Carneiro, no ano de 2000 pois coincidiu as datas de nossa chegada a Brusque, pois vim de Curitibanos (SC), onde trabalhei 15 anos no quartel de Bombeiros Militar”, recorda.

Desde o dia que chegou em Brusque, o subtenente afirma que sempre se deu muito bem com Carneiro. Durante cinco meses os dois moraram dentro do quartel, pois não encontravam um imóvel para residir.

“Logo que achei uma moradia minha família acolheu ele, pois ele passava por um momento difícil de adaptação. Sempre procuramos ajudar ele em tudo que era possível, estávamos sempre unidos, ele sempre me dizia que agradecia a minha família e a minha pessoa por tudo que fizemos para ele”, diz.

Carlos Henrique comenta que poderia compartilhar muitas histórias com Carneiro, que renderia até um livro. Ele afirma que o amigo adorava a família e que ficou muito abalado após a morte do irmão em um acidente de moto no Paraná, e com a morte do pai, pouco tempo depois.

“Nosso relacionamento sempre foi uma grande amizade, com muito companheirismo, ajuda mútua, compreensão, respeito e profissionalismo”.

Reserva

A aposentadoria na vida militar, conhecida como reserva, ocorre após 30 anos de serviço. Carneiro estava prestes a entrar para reserva. Segundo o amigo, só faltavam dois meses de serviço.

A intenção do subtenente era curtir a vida ao lado da família, especialmente dos filhos.

O corpo de Carneiro foi velado na Capela da Igreja São Pedro, em Guabiruba. Após as devidas honras militares, o corpo seguiu para o município de Piraí do Sul, no Paraná, onde foi sepultado, na presença de familiares.


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