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Saiba situação de homem que vivia em “caverna” no Azambuja após espaço ser aterrado

Antes de deixar caverna, Fernando e colega colocaram fogo no local

A Secretaria de Desenvolvimento Social de Brusque não sabe para onde foi Nildo Euclides da Costa, conhecido como Fernando, após “caverna” em que ele vivia no bairro Azambuja ter sido aterrada.

O Centro Pop, espaço destinado para acolhimento de moradores em situação de rua, informou que Fernando se recusou a receber atendimento no local e não quis dizer para onde iria.

A reportagem de O Município entrou em contato com a diretora da Secretaria de Desenvolvimento Social, Juliana da Silva, que atuou no local no dia em que a caverna foi aterrada.

De acordo com ela, Fernando e o colega tiraram os pertences e a cachorra Lessie Susi do espaço, conforme solicitado pela pasta. A diretora confirma que Fernando recusou atendimento.

Juliana frisa que toda essa movimentação que resultou na caverna aterrada teve objetivo de dar o melhor auxílio a Fernando, conforme justifica. Ela ressalta que “em nenhum momento o Desenvolvimento Social quis tirar o espaço de ninguém”.

“Ele ficou nas imediações de Azambuja. Nesta quarta-feira, 9, vamos fazer uma busca mais qualificada para encontrá-lo, para ver onde ele está e oferecer ajuda novamente”, comenta a diretora.

Local após ser aterrado. Foto: Vitor Souza/Arquivo O Município

Fogo na caverna

Quando informados pela Secretaria de Desenvolvimento Social que deixariam o local, eles atearam fogo na caverna. A Secretaria de Obras pretendia somente soterrar o espaço. Como o fogo era alto, foi necessário derrubar a caverna e aterrar.

O serviço foi realizado pela Prefeitura de Brusque no dia 1º de novembro, a pedido da administração do complexo de Azambuja, proprietária da área. A diretora reforça que a administração autorizou que fosse feita a intervenção da Secretaria de Obras no espaço.

Por fim, Juliana comenta que, antes de o espaço ser aterrado, por diversas vezes a secretaria tentou auxiliar Fernando. Ele chegou a ser levado ao Centro Pop, mas, posteriormente, recusou novos atendimentos.

“Fizemos várias abordagens e temos tudo documentado. Já levamos ele, inclusive, ao hospital, pois tinha dores nas costas. Ele já chegou a ser trazido para o Pop, tomava banho, buscava marmita e almoçava, mas ele queria viver naquela insalubridade. Na verdade, ele não pode ficar ali”, diz.

Em entrevista ao jornal O Município, divulgada nesta terça-feira, 8, Fernando negou que vivia em situação de insalubridade. Além disso, ele comentou que estava adaptado ao local.

“Ela (funcionária do Centro Pop) veio aqui me dizer que eu estava vivendo em estado insalubre, sendo que não estou (estava). Tenho meu cantinho ajeitado e nunca peguei nem alergia. Quando eu cheguei, eu limpei tudo e fui me adaptando”, disse Fernando.

Conheça como era a caverna:

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