Samae diz que período de chuvas atrasa andamento das obras da Eta Cristalina em Brusque

Etapa de construção deve iniciar somente no segundo semestre de 2022

Samae diz que período de chuvas atrasa andamento das obras da Eta Cristalina em Brusque

Etapa de construção deve iniciar somente no segundo semestre de 2022

O Serviço Autônomo Municipal de Água e Esgoto de Brusque (Samae) informou que a obra da Estação de Tratamento de Água (ETA) Cristalina ainda está em processo de terraplenagem. O diretor-presidente Luciano Camargo afirma que devido ao período chuvoso das últimas semanas, a construção está atrasada.

“Agora veio a análise fiscal da empresa que é responsável por fiscalizar a obra e em 90 dias, entre setembro e novembro, só 10 foram dias bons para trabalhar. É um local muito ruim, um barro muito ruim para retirar e a chuva atrapalha muito. Se chove hoje, interrompe a obra em três ou quatro dias”, explica.

Segundo o diretor-presidente, a empresa que venceu a licitação tinha o prazo para entregar a obra até dezembro.

“A empresa foi convocada para se apresenta no Samae para justificar porque ela não terminou. Os nossos fiscais e da empresa contratada para fiscalizar a obra apresentaram um relatório onde mostrou quem em três meses a empresa praticamente não conseguiu trabalhar devido às chuvas”, explica.

eta cristalina
Samae/Divulgação

Luciano aponta que a empresa tem diversos itens adiantados como os caminhões, mas a retirada de barro para fazer a terraplanagem está deficitária.

“Chegamos a conclusão com a empresa: ela pediu mais cinco meses para concluir a obra, que ainda tem um volume muito grande e não dá para calcular se será um período chuvoso. Aceitamos esse acordo e entendemos que ela não pôde trabalhar”, pontua.

O diretor-presidente explica que os termos do acordo estabelecem que a empresa receberá o aditivo referente aos cinco meses de obra. No entanto, eles assinaram um termo de compromisso de que não pedirá nenhum tipo de reequilíbrio, seja de gasolina, óleo diesel, ou reajuste anual quando virar o ano.

“O compromisso da empresa é só terminar a obra. Não terá nenhum gasto extra ao Samae. Os valores vão se manter, eles assinaram esse contrato conosco. Por mais que suba o óleo diesel, ela não vai pedir [aumento]”, afirma Luciano.

eta cristalina
Samae/Divulgação

Financiamento para construção

Segundo ele, o Samae já sabe qual será o tipo de financiamento para a construção da estrutura, mas diz que ainda não foi liberado. O trâmite para liberação deve ocorrer em seis meses, conforme Luciano. O diretor-presidente acrescenta que o financiamento para construção não foi feito antes devido a precificação que altera com muita frequência.

“A terraplanagem já está paga, agora estamos vendo o tratamento e captação que é uma obra que deve ser investido mais ou menos R$ 50 milhões. Já temos um modelo financiamento, que nos dá quatro anos de carência, os juros são baixos, mas é um pouco burocrático”.

Luciano afirma que o Samae optou por fazer o levantamento de custos próximo da aprovação do financiamento. Segundo ele, os valores já foram aprovados e agora passam pela parte de verificação da documentação e encaminhamento de projetos.

“Não adianta fazer agora e ter em caixa R$ 50 milhões. Não vou conseguir construir, pois a terraplanagem está atrasada. Se abrir a licitação agora, nós podemos chegar lá na frente e será uma outra realidade”, esclarece.

eta cristalina
Samae/Divulgação

Variação do preço

O diretor-presidente acredita que no segundo semestre de 2022 a obra deve iniciar e diz que em menos de dois anos ela deve ser concluída. Os próximos passos da obra da ETA da Cristalina são a conclusão da terraplanagem e abertura do processo de licitação para construção.

“A parte da construção nós ainda não abrimos, pois temos o preço dela, mas não reflete a realdade do mercado. Já faz oito meses que fizemos. Há alguns detalhes no projeto que foram alterados quando se trata da questão de tecnologia do sistema”. Segundo ele, havia alguns itens na obra que poderiam precisar de manutenção do sistema e a reposição das peças poderia trazer problemas como técnicos aptos para fazer a troca.

Por esse motivo, o diretor-presidente explica que optou por trabalhar com o que já está consolidado no mercado. Ele cita como exemplo uma ETA construída há mais de 50 anos e que manda água para mais de 80% da população.

“Se queimar o sensor de lodo tem como trocar? Aqui é manual, lá vai ter como trocar manualmente? Tem alguns detalhes que questionamos no projeto e a empresa vai modificar algumas coisas. Isso deve fazer com que a obra tenha uma redução significativa na questão de valores. Por isso vamos deixar para fazer a licitação na última hora, pois hoje está analisada em cerca de R$ 60 milhões, mas acredito que ficará entre R$ 40 milhões, se o mercado parar de aumentar os valores”, finaliza.


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