Samae faz descarte de entulhos irregular novamente
Diretor-presidente da autarquia confirma irregularidade e diz que punirá funcionário infrator
Pouco mais de dois meses após a denúncia de moradores do Jardim Maluche sobre o depósito irregular de entulhos do Serviço Autônomo Municipal de Água e Esgoto (Samae) na região, uma nova denúncia chegou ao Município Dia a Dia através do aplicativo Post-up. Desta vez, sobre o descarte de materiais no bairro Steffen. O diretor-presidente da autarquia, Roberto Bolognini, confirma a irregularidade e diz que o funcionário será punido.
De acordo com Bolognini, durante reunião realizada nesta terça-feira, 18, entre os diretores da autarquia e os funcionários, um dos colaboradores falou que está depositando materiais em um terreno da rua João Frederico Steffen, atrás da Madeireira Silva, a pouco mais de 100 metros do rio Itajaí-Mirim.
“É só um funcionário que faz isso. E ele será punido administrativamente. Eu já conversei com o pessoal antes e falei que estavam proibidos. Temos o nosso terreno que é licenciado e apropriada para isso e eles foram orientados a colocar o material lá”, diz.
O Samae tem três caminhões próprios, além dos caminhões de uma empresa terceirizada. Bolognini afirma que os entulhos da autarquia devem ser depositados apenas em um aterro registrado e definido pelo Instituto Brusquense de Planejamento (Ibplan), localizado na rua Pomerode, no bairro Santa Terezinha.
Ainda segundo o diretor-presidente os próprios funcionários do Samae recolherão o material depositado no terreno. De acordo com as normas da Fundação Municipal do Meio Ambiente de Brusque (Fundema), depositar entulhos em qualquer ambiente que não seja adequado para tal é cabível de punição.
Ainda de acordo com as regras, quando notificados pelos fiscais do órgão, os infratores devem limpar os terrenos. Em caso de descumprimento da ordem, eles recebem multa. Se o ato se repetir, a multa pode triplicar.
A reportagem entrou em contato com o superintendente da Fundema, Cristiano Olinger, para esclarecer os procedimentos que serão realizados a respeito do depósito do Samae, porém, até o fechamento desta edição, não obteve retorno.
A denúncia
O metalúrgico Leandro Steffen foi quem encaminhou as fotos via aplicativo Post-up ao Município Dia a Dia. Ele afirma que caminhões do Samae e também de empresas terceirizadas depositam restos de terra, de asfalto e de concreto no terreno. O depósito, assegura o metalúrgico, existe há mais de um ano.
“Eu já vi os caminhões depositando. O terreno era bem baixo há um tempo, mas estão aterrando os materiais aos poucos. Cada vez está mais alto. O meu medo é que daqui a pouco esses entulhos possam chegar até o rio. E também podem poluir o solo. Não tem nenhuma placa de licença ambiental informando sobre isso”, diz.
Saiu no Município
No dia 10 de junho deste ano, o Município Dia a Dia publicou matéria sobre o depósito irregular do Samae às margens do rio Itajaí-mirim, próximo à rua General Osório, no entorno da ponte do Jardim Maluche. A denúncia havia sido realizada por moradores da região. Na oportunidade, a autarquia confirmou a irregularidade e prometeu punições aos funcionários envolvidos.