Samae finaliza obra de expansão de nove quilômetros de rede para o Dom Joaquim
Autarquia investiu, com recursos próprios, cerca de R$ 6 milhões
O Serviço Autônomo Municipal de Água e Esgoto de Brusque (Samae) encerrou no início do mês a transposição da bacia do rio Itajaí-Mirim para o bairro Dom Joaquim, a maior obra realizada pela autarquia nos últimos anos. Os trabalhos iniciaram em abril. Foram mais de nove quilômetros de redes alocadas, saindo da ETA Central e seguindo até o bairro Thomaz Coelho, próximo do posto OPA.
No total, foram cerca de R$ 6 milhões investidos para realizar os trabalhos, que começaram em 29 de abril com a adutora de expansão, que vai abastecer Dom Joaquim, Cedrinho e Thomaz Coelho, além de desafogar o sistema do Ribeirão do Mafra, que não vai precisar para mandar mais água para esses bairros.
“O sistema que tem lá é deficitário, não consegue mais atender a população. Temos uma obra grande prevista no local, que é a ETA da Cristalina, que vai beneficiar a cidade nos próximos 50 anos, mas é demorada e ainda está em processo de terraplanagem”, explica o diretor-presidente da autarquia, Luciano Camargo.
Luciano explica que o Samae acabou antecipando a expansão de rede para o Dom Joaquim porque não tinha condições de aguardar a construção da ETA da Cristalina, que ainda está em processo de terraplanagem, para fazer melhorias na distribuição de água na região.
“Na história do Samae, essa é a terceira vez que é feita uma transposição de bacia. Para nós, é muito importante, mostra que nosso trabalho foi bem executado”.
Economia prevista em R$ 4,5 milhões
Segundo Luciano, grande parte dos trabalhos foram realizados por servidores do Samae, o que representa uma economia de cerca de R$ 4,5 milhões, já que a autarquia não precisou contratar uma empresa terceirizada.
“Conseguimos fazer com que essa obra fosse terminada com quatro meses de antecedência. Era prevista só para abril. Trabalhamos diariamente nessa obra, foi um trabalho desgastante. Encaramos muitos problemas, porque ali é uma rodovia. Todo mundo quer melhoria, mas não o transtorno. Porém, era uma coisa necessária”.
O Samae contratou uma empresa terceirizada para trabalhos de recapeamento, que utilizou recursos que já estavam previstos no orçamento da autarquia. “O recapeamento, as calçadas e o acostamento ainda precisam ser finalizados. O Samae inclusive trouxe melhorias para essa rodovia com essa obra”.
Melhorias
Além da melhoria na distribuição de água, segundo Luciano, essa obra libera cerca de 1,2 mil lotes e cinco empreendimentos que precisam da viabilidade de água para serem aprovados.
Desde que a rede foi ligada, o Samae mantém apenas um servidor trabalhando no sistema de filtragem, que é antigo e apresenta problemas em períodos de chuva.
“Tiramos os três turnos do sistema, que é antigo, a turbidez para por qualquer chuva e nem se usa mais os filtros que têm lá. Trabalhamos com uma vazão mínima para poder filtrar bem, mas não dava mais conta. Com a expansão da rede, os reservatórios estão sempre cheios. Precisamos inclusive parar o tratamento em alguns momentos porque não tem mais consumo”, conta Luciano.
A tendência é que o Samae comece a fazer em janeiro os ensaios na casa de bombas no Dom Joaquim. Se conseguir mandar água para Cristalina, a autarquia irá desativar o sistema, que representaria uma economia de mais de R$ 60 mil por mês.
“A bacia do rio Itajaí-Mirim é a única fonte de água que não nos preocupa, mantém a captação mesmo em períodos de seca. O problema é a captação dos sistemas de alguns bairros, que são antigos, que não têm mais capacidade de atender à demanda”.
O Samae espera fazer obras similares no Volta Grande, onde o problema também é recorrente.
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