Samae revela números do consumo de água em Brusque e estima prazo para solucionar problemas
Índice de janeiro é recorde em comparação com o mês de dezembro
Índice de janeiro é recorde em comparação com o mês de dezembro
A cidade de Brusque bateu recorde no tratamento e distribuição de água tratada no mês de janeiro de 2023. A produção de água na cidade chegou ao pico de 972.000 m³, enquanto em dezembro foi registrada uma média de 944.000 m³.
Os valores levam em conta as operações da Estação de Tratamento (ETA) do centro, além dos seis sistemas independentes nos bairros Volta Grande, Limeira, Santa Luzia, Zantão e Ribeirão do Mafra. Vale ressaltar que um metro cúbico de água equivale a mil litros.
Segundo o Samae, “mesmo com todos os esforços, a cidade vem registrando, em determinados pontos, o desabastecimento pontual ou baixa pressão na rede”. As ocorrências estão relacionadas, em parte, devido ao alto consumo e o desperdício pelos usuários,
O químico responsável do Samae, Ricardo Bertolotto, compara o consumo verificado em Brusque, que atualmente possui aproximadamente 140 mil habitantes, a Joinville e Florianópolis, municípios com cerca de 600 mil habitantes.
“Nosso consumo per capita é considerado muito alto. Por seu tamanho, Brusque deveria ter um consumo diário de água por morador entre 120 e 135 litros. Em janeiro último, o consumo médio per capita foi de 230 litros ao dia. Isso é altíssimo para a nossa realidade. É o que se espera de consumo para cidades como Joinville e Florianópolis”, avalia.
Além do alto consumo e do desperdício, a turbidez do rio Itajaí-mirim também é fator que interfere no abastecimento de água de Brusque segundo o Samae. Quando são registradas fortes chuvas ou temporais de verão, a água do manancial apresenta alto índice de lodo e barro, o que dificulta o processo de tratamento.
Ricardo Bertolotto afirma que quando da ocorrência das chuvas, os sistemas independentes acabam tendo a produção afetada.
“Nos bairros, o trabalho fica comprometido até que os rios e ribeirões voltem a registrar baixa turbidez. Na ETA central, conseguimos tratar água, mesmo com todos os desafios das características físicas da água após as chuvas”, destaca.
Visando amenizar a situação e aumentar a produção de água, um novo módulo de tratamento está sendo construído na ETA central.
Quando pronto, o aparato vai gerar uma produção extra de 70 litros de água por segundo, que somado aos atuais 320, poderá atingir até 400 litros de água por segundo. A previsão é que as obras estejam concluídas até o mês de abril.
Enquanto isso, as recomendações clássicas de economia de água estão sempre no radar do Samae:
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