Saneamento básico é tema de audiência pública na Câmara de Brusque

Encontro foi proposto pelo vereador Valmir Ludvig e realizado na noite de segunda-feira, 13

Saneamento básico é tema de audiência pública na Câmara de Brusque

Encontro foi proposto pelo vereador Valmir Ludvig e realizado na noite de segunda-feira, 13

A Câmara de Vereadores de Brusque realizou na noite de segunda-feira, 13, uma audiência pública para discutir o saneamento básico no município. O encontro foi proposto pelo vereador Valmir Ludvig (PT), que aproveitou que o assunto foi o tema da Campanha da Fraternidade 2016 – “Casa comum, nossa responsabilidade” – para discuti-lo com mais intensidade no município, que ainda não possui tratamento de esgoto.

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O vereador ressaltou a importância da discussão sobre o tema. “A audiência pública aponta horizontes, provoca discussão para que vire realidade. Estamos num momento conturbado na cidade e isso dificulta tomar posições, mas tanto quem está hoje no comando da cidade, como os candidatos que assumirão nos próximos quatro anos, poderão utilizar dessa discussão para que vire realidade o saneamento básico no município”.

O engenheiro ambiental Diego Furtado apresentou dados sobre o saneamento básico no país. De acordo com ele, a cada R$ 1 investido em saneamento básico, é possível economizar até R$ 4 em saúde. Até 2033, seria necessário R$ 208 bilhões para implementar o saneamento básico no país todo. “54% das cidades do país não tem coleta e tratamento de esgoto, isso representa 100 milhões de pessoas despejando esgoto in natura em rios, mananciais e gerando doenças”.

Em Santa Catarina, o engenheiro afirma que o problema é maior. Apesar de ter um dos maiores Índices de Desenvolvimento Humano (IDH), no quesito saneamento básico o estado perde para regiões menos desenvolvidas, como o nordeste. “O estado é bastante atrasado no saneamento. Na questão do esgoto, ainda mais. Apenas 20% do esgoto do estado é coletado e tratado. A cidade mais avançada é Florianópolis, que coleta 52,8% de seu esgoto e faz o tratamento”.

Em Brusque, a situação também é preocupante. O município não possui tratamento de esgoto. O sistema adotado na cidade é o de fossa e filtro o que, segundo o engenheiro, é um paliativo. “Brusque descarta 100% de seu esgoto nos mananciais e afluentes. Temos que avançar o quanto antes no plano de saneamento. O rio Itajaí-Mirim está com cada vez menos água e cada vez mais esgoto. Já passou da hora de criarmos um senso de responsabilidade e coletividade para cuidar do todo”.

Também participaram da audiência a arquiteta e urbanista do Instituto Brusquense de Planejamento (Ibplan), Carolina Meireles, e o engenheiro sanitarista do Samae, Luan Freisleben e o pároco da igreja São Luiz Gonzaga, padre Magnos Canepelle.

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