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Santa Catarina pode registrar frio histórico e geada negra

Em Brusque, termômetros podem se aproximar de 0°C no decorrer da próxima semana

A temperatura deve despencar em Santa Catarina. O estado recebe uma forte massa de ar polar, que provoca mudanças no clima a partir desta sexta-feira, 19 de julho. A previsão é que durante a sexta-feira ocorra forte chuva. Há possibilidade de temporal. Mas, de acordo com o alerta emitido pela Secretaria de Estado de Defesa Civil, é a partir de domingo, 21 de julho, que o frio se intensifica, com temperaturas negativas em vários pontos do estado.

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Em cidades como Urupema e Urubici, no Planalto Norte, a temperatura deve variar de -10°C a -8°C, e de 0°C a 3°C no Litoral. Há chance de neve no domingo nas áreas altas, especialmente entre a tarde e noite. Na segunda e terça-feira, há possibilidade de igualar e até quebrar recorde de temperatura de julho. Em Brusque, a mínima prevista pelo Climatempo é de 8ºC e a máxima de 19ºC no domingo. Na segunda-feira, 22 de julho, a queda é maior: mínima de 5ºC e máxima de 11ºC. A tendência para o decorrer da semana é de declínio nos termômetros.
Os meteorologistas alertam ainda para chance de Geada Negra, especialmente nas áreas altas do Oeste, Meio Oeste, Planalto Sul e Planalto Norte, com risco para agricultura e pecuária. Há risco de congelamento na pista em alguns trechos da Serra do Rio do Rastro e Corvo Branco.
Geada branca e negra
As geadas mais comuns são as consideradas geadas brancas. O vapor d’água junto à superfície se resfria tanto, que congela, favorecendo a formação de uma camada de gelo sobre a superfície das plantas e solo. A espessura desta camada depende que quantos graus atingem as camadas mais próximas ao solo. As condições propícias para a ocorrência de formação de gelo são: céu claro, ausência de vento, baixa umidade relativa do ar e temperatura normalmente abaixo de 5°C.
Os registros de geadas negras são mais raros, pois o vento é o grande diferencial. Normalmente ocorre com a passagem de uma frente fria. Este sistema por si só, já diminui bastante a temperatura com a cobertura de nuvens, da chuva e do vento. Na maioria das vezes, em seguida, chegam às massas de ar frio e seco, normalmente de origem polar, empurrando rapidamente a frente fria para o oceano. Como a temperatura já está baixa, a atmosfera limpa rapidamente, a temperatura declina acentuadamente, congelando a parte interna (seiva/estômatos) das plantas. O vento forte e constante da entrada da massa polar, evita que o gelo se forme e se deposite sobre plantas e solo, mas nos dias seguintes, a planta congelada acaba morrendo, trazendo prejuízos a agricultura. As informações são da Epagri/Ciram.