Secretaria de Saúde busca recursos para pronto atendimento no Águas Claras
Criação de mais uma unidade é vista como estratégica para a rede municipal
A abertura de um pronto atendimento com horário estendido no bairro Águas Claras é vista como o próximo passo na regionalização e ampliação da cobertura do SUS em Brusque.
A Secretaria de Saúde busca recursos no governo federal para ter mais uma equipe de Estratégia de Saúde da Família (ESF) na Unidade Básica de Saúde (UBS). A ESF atuará no período noturno, no mesmo modelo que já existe na policlínica do Centro após as 17h.
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Segundo o secretário Humberto Fornari, o Ministério da Saúde tem dinheiro disponível para ESFs noturnas. Apesar de ser um valor bem abaixo do necessário, cerca de R$ 3 mil, pode ser uma forma de viabilizar o projeto.
O Águas Claras é populoso e agrega diversos bairros no entorno. É uma região que hoje não conta com pronto atendimento após o horário de fechamento das UBS.
Não existe previsão para que o pronto atendimento Águas Claras saia do papel. No entanto, o secretário de Saúde afirma que a ideia continua no planejamento da pasta, condicionada à disponibilidade orçamentária.
Regionalização
Desde que assumiu a Secretaria de Saúde, Humberto Fornari tem dito que busca a regionalização do pronto atendimento no município. A ideia central é que esse serviço trate de pacientes esporádicos, com queixas pontuais, enquanto as UBS concentrem-se nos doentes crônicos.
Em 2017, somente o Centro de Serviços em Saúde, a policlínica, atendia após o fechamento dos postos de saúde, além do Hospital Azambuja. O secretário procurou retirar parte da demanda de lá para outros locais.
O segundo passo nesse sentido foi a abertura do pronto atendimento no Hospital Dom Joaquim. Fornari diz que foi um avanço importante, mas que a população ainda não se acostumou.
“Hoje, já contamos com o Dom Joaquim. Infelizmente, a população não está conhecendo e os médicos até estão com tempo ocioso”, afirma Fornari.
O segundo passo na regionalização do atendimento ainda está em andamento. Abandonada por anos, a obra da Unidade de Pronto Atendimento (UPA) foi reiniciada e será aberta como um pronto atendimento.
Se fosse inaugurada como uma UPA, que precisaria até mesmo de leitos para internação, o custo seria bastante elevado. Estimativas de 2015 davam conta de que custaria mais de R$ 1,4 milhão ao mês para mantê-la.
A prefeitura negociou por mais de um ano com o Ministério da Saúde para que a UPA pudesse ser aberta como pronto atendimento. O governo, inicialmente, era contra porque esse não era o acordo na época da construção, mas no mês passado cedeu.
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A obra de conclusão da UPA Santa Terezinha, de acordo com Fornari, deve ficar pronta ainda neste ano. Além do pronto atendimento, o prédio também receberá o núcleo de atendimento à mulher. Funcionará no edifício o atendimento às vítimas de violência sexual, a rede Amamenta e Alimenta e outros serviços.
A Procuradoria-geral do município trabalha em paralelo na confecção de um edital para a seleção de quem administrará o pronto atendimento. O município alega não ter condições de gerir a estrutura sozinho e pretende concedê-la a uma entidade ou empresa.
Funcionamento
A prefeitura ainda estuda como fará com a regionalização. Fornari afirma que não existe demanda suficiente para manter todos os três – policlínica, Dom Joaquim e Santa Terezinha – abertos ao mesmo tempo por 12 horas.
A tendência é que exista um revezamento ou concentração em algum deles à noite, por exemplo.