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Saúde é compartilhada entre municípios da região

Entre exames, consultas e cirurgias, Brusque oferta 1.345 procedimentos mensais a moradores de outras cidades

O serviço público de saúde de Brusque tem prevista a reserva mensal de procedimentos para moradores de outras cinco cidades: Canelinha, Nova Trento, Gaspar, Botuverá e Guabiruba. Mensalmente, a cota de procedimentos somada desses municípios é de 1.345, divididos em internações, consultas, exames e cirurgias.

Essa reserva faz parte do que é pactuado, pelo governo do estado, na Programação Pactuada Integrada (PPI), sistema que possibilita que moradores de municípios menores, que não possuem estrutura para fornecer certos atendimentos em saúde, tenham isso garantido, em cidades próximas.

Ana Ludvig, secretária de Saúde de Brusque, explica que essa pactuação é necessária porque municípios menores não possuem a chamada gestão plena em saúde, ou seja, não conseguem oferecer aos seus moradores todos os exames, consultas e cirurgias mais básicos.

Por cidade, o número de procedimentos ofertados varia muito. Nova Trento, por exemplo, tem em sua conta apenas uma consulta mensal em Nefrologia. Canelinha, por sua vez, tem direito a 24 exames preventivos para mulheres. Moradores de Gaspar utilizam um pouco mais de serviços da saúde pública de Brusque: 37, divididos em consultas em Angiologia e Proctologia, cirurgias de catara e procedimentos ambulatoriais em proctologia.
Cidades limítrofes são as que mais utilizam

As cidades vizinhas de Guabiruba e Botuverá são as que mais utilizam os serviços disponibilizados em Brusque. Segundo levantamento fornecido pela Secretaria de Saúde, Guabiruba tem direito a 573 procedimentos mensais, e Botuverá a 710.

Na primeira, a maior cota (340) é de exames vaginais, assim como em Botuverá (99), cidade para qual o serviço mais prestado é de exames bioquímicos (480). Conforme a secretária de Saúde, os recursos para o custeio das cotas vêm diretamente do Ministério da Saúde para Brusque, que fornece o serviço.
Ana explica que, se um município não utiliza na íntegra sua cota mensal, ela fica acumulada para os meses seguintes.

Da mesma forma, caso o município precise encaminhar para Brusque mais pacientes do que o cota estabelece, há desconto no número de procedimentos que seriam disponibilizados no mês seguinte.

Ela afirma, no entanto, que é raro que um dos municípios extrapole a cota. “Mas tem situações em que isso acontece e precisamos ter sensibilidade, não podemos deixar as pessoas sem acesso”, ressalta.