“Se não fizer uma mudança drástica na festa, o prejuízo vai ser maior”, diz diretor de Turismo sobre Fenarreco

Sidnei Dematé participou da sessão desta terça-feira para tirar dúvidas dos vereadores sobre a festa

“Se não fizer uma mudança drástica na festa, o prejuízo vai ser maior”, diz diretor de Turismo sobre Fenarreco

Sidnei Dematé participou da sessão desta terça-feira para tirar dúvidas dos vereadores sobre a festa

O diretor de Turismo de Brusque, Sidnei Dematé, participou da sessão da Câmara de Vereadores nesta terça-feira, 26. A presença dele foi solicitada pelo vereador Gerson Morelli, o Keka (PSB), para dar explicações sobre o prejuízo da 34ª Festa Nacional do Marreco (Fenarreco), que foi realizada no mês de outubro.

Neste ano, a principal festa da cidade teve um déficit de R$ 355.381,00, valor 133% maior do que o registrado no ano passado.

Durante a sessão, Dematé respondeu a questionamentos dos vereadores sobre o expressivo prejuízo registrado na festa, presença de público, patrocínios e alternativas para a próxima edição da festa.

Dematé explicou que a festa não recebeu patrocínio em dinheiro nesta edição. A Havan, por exemplo, contribuiu com R$ 50 mil para ações de mídia para divulgação da festa. Outras empresas contribuíram em forma de permuta. Estava previsto recurso de R$ 40 mil do Supermercado Angeloni, entretanto, não foi possível receber o dinheiro porque não foi feito um chamamento público por cotas de patrocínio. “O Angeloni sinalizou com R$ 40 mil, o boleto até foi gerado, mas por essa questão administrativa não pudemos receber”.

Outro ponto bastante questionado pelos vereadores foi o fato de que nos 11 dias de festa foi registrado um público de 96 mil pessoas, sendo que destes, apenas 14 mil foram pagantes.

“Foram distribuídas 10.192 cortesias para os servidores da prefeitura, da Câmara e das autarquias. Cada servidor recebeu duas cortesias. É um número bem expressivo, eu me assustei. Isso é algo que não deveria ter mesmo. Tivemos vários dias com entrada gratuita também, o que reduziu o número de pagantes”.

O diretor de Turismo defendeu que a Fenarreco seja realizada a partir de um novo modelo. Como exemplo, ele citou a festa Incanto Trentino, de Nova Trento. A festa deixou de ser realizada pela prefeitura e agora é promovida pela Neotur, uma associação sem fins lucrativos. “Esse é um modelo que dá certo. A prefeitura firma convênio com a associação e aí a entidade consegue valores melhores de mercado, não precisa fazer licitação, pode brigar por valores. A partir da hora que é terceirizada, não tem mais prejuízo”.

Dematé disse ainda que “pegou o barco andando” e que por isso não foi possível fazer a Fenarreco do jeito que imaginava. Além disso, ele defendeu a cobrança de ingresso durante todo o período da festa. “Se não cobrar R$ 15 desde a abertura dos portões, o prejuízo vai ser maior. Se não fizer uma mudança drástica na festa, o prejuízo vai ser de R$ 1 milhão”.

O vereador Ivan Martins (PSD) defendeu a privatização da Fenarreco. “Sem medo de errar, se eu fosse o prefeito, em 2020 já seria privatizada. Um prejuízo dessa monta, vimos o esforço que é feito para fazer a festa, estrutura que se movimenta para fazer com que isso aconteça. A população merece esse divertimento, mas feito com responsabilidade. Não adianta fazer algo que gere prejuízo, porque é o próprio povo que paga a conta”.

Dematé diz que a terceirização da festa é uma das alternativas em estudo para a festa no próximo ano.

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