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Secretaria da Educação rebate críticas do sindicato sobre casos de Covid-19 nas escolas de Brusque

Em vídeo nas redes sociais, dirigentes do Sinseb falaram sobre possibilidade de subnotificação dos casos

Em coletiva de imprensa realizada na tarde desta segunda-feira, 22, a secretária de Educação, Eliani Busnardo Buemo, rebateu afirmações feitas pelo presidente do Sindicato dos Servidores Públicos Municipais (Sinseb), Orlando Soares Filho e pela vice-presidente da entidade, Tânia Pompermayer, em vídeo divulgado nas redes sociais do sindicato.

No vídeo, os dirigentes sindicais afirmam que há “um descaso na educação do município com o aumento alarmante de casos de Covid-19 e a falta de ações por parte da administração pública para garantir a segurança dos trabalhadores do setor”.

Ainda no vídeo, eles comentam sobre a morte de uma sócia da entidade que morreu em decorrência da doença no fim de semana.

Durante a coletiva, a secretária de Educação esclareceu que a vítima da Covid-19 não fazia mais parte do quadro de servidores da pasta desde o dia 18 de janeiro, quando pediu exoneração. Eliani ressalta ainda que desde 25 de maio do ano passado ela não frequentava o ambiente escolar, pois pegou diversas licenças-prêmio e férias e férias coletivas até janeiro deste ano.

“Lamentamos a morte da profissional, mas ela não fazia mais parte do nosso quadro. Desde 25 de maio ela não estava presente em ambiente escolar”.

Casos nas escolas

No vídeo, os dirigentes do sindicato afirmam que a entidade vai iniciar uma vistoria nas escolas para saber como está a situação da Covid-19 neste retorno de atividades presenciais, “motivada pela possibilidade de subnotificação de casos de Covid-19 nas escolas”.

O presidente do sindicato informou que diariamente recebe denúncias de servidores da educação e alunos que vão para a escola e dias depois apresentem os sintomas da doença.

A secretária esclareceu que os gestores das unidades escolares precisam preencher formulários com as informações de profissionais e alunos que apresentem algum sintoma da doença.

Eliani destaca ainda que a atuação da pasta em relação aos casos de Covid-19 nas escolas é transparente. “Está tudo às claras”.

Na última semana, de 15 a 21 de fevereiro, de 1.983 servidores que trabalharam presencialmente, a secretaria contabilizou 61 casos suspeitos. Destes, seis foram confirmados, 47 foram descartados e um aguarda resultado do exame. Outros sete profissionais estão afastados por terem casos de Covid-19 na família.

Entre os estudantes, dois testaram positivo, 34 estão afastados por ter um familiar com a doença e 35 por ter algum sintoma.

“Todas as ocorrências quanto a possíveis casos de Covid-19 nas escolas são monitorados pela Secretaria da Educação, quem foi ao Centro de Triagem, quem testou negativo, positivo, quem está afastado. Os pais podem ficar tranquilos, pois não há motivos para esconder qualquer informação”.

Falta de EPIs

Na publicação na rede social do sindicato, o presidente e a vice chamam a atenção para a falta de Equipamentos de Proteção Individual (EPIs) aos profissionais da educação do município.

De acordo com Eliani, a secretaria comprou para o primeiro trimestre deste ano 29,8 mil pares de luvas; 18 mil máscaras descartáveis; 600 máscaras de tecido; 500 máscaras N95 e mais 100 máscaras de acrílico. Também foram adquiridos, segundo ela, 1,8 mil aventais descartáveis; 500 aventais reutilizáveis; 6,8 mil litros de álcool em gel; 6 mil litros de detergente; 3 mil fardos de papel toalha; 3 mil litros de água sanitária e 5 mil litros de álcool líquido.

“Não falta EPI. Cada escola recebeu valor para a compra de EPIs e orientamos que adquirissem aferidores de temperatura, já que é uma norma a aferição da temperatura de todos que entram na unidade escolar. Estamos dando todo suporte de material e informação a esses profissionais”.