Secretaria de Saúde confirma casos de meningite em Brusque

De acordo com a pasta, havia três casos suspeitos da doença no município

Secretaria de Saúde confirma casos de meningite em Brusque

De acordo com a pasta, havia três casos suspeitos da doença no município

A Secretaria de Saúde de Brusque confirmou neste sábado, 29, dois casos de meningite na cidade. Havia três casos suspeitos, mas um foi descartado.

Apesar da confirmação, a prefeitura informa que não há motivo para alarme, pois a situação está sob controle. Nota enviada à imprensa garante que não há surto ou epidemia da doença.

Ainda segundo a nota, a Vigilância Epidemiológica acompanha o caso de um paciente que está internado. O outro já passou por tratamento entre os meses de maio e junho, já ganhou alta e está fora de perigo.

Preocupação
Na noite de sexta-feira, 28, uma postagem no Facebook deixou a população bastante preocupada. No vídeo, o filho do paciente que está internado no Imigrantes Hospital, relata que há mais casos na cidade.

De acordo com ele, o pai, de 54 anos, começou a apresentar os primeiros sintomas no dia 16 de junho. No dia seguinte, procurou um hospital e foi diagnosticado com uma gripe, devido aos sintomas muito semelhantes.

Dois dias depois, a família procurou outro hospital, já que o estado de saúde do homem havia piorado. Lá, chegou-se a suspeita de meningite que, posteriormente, foi confirmada por meio de exame.

De acordo com a família, o paciente está internado na Unidade de Terapia Intensiva (UTI) e seu estado de saúde é grave.

 

O infectologista também garante que não há surto em Brusque ou em Santa Catarina, pois entre os 20 casos registrados no estado, três vieram há óbito, mas foram em regiões distantes e cada um tinha um subtipo diferente. “Temos dois casos registrados em Brusque, e isso em hipótese alguma, pode ser considerado um surto”, informa o médico.

De acordo com a prefeitura, os dois casos confirmados na cidade são de meningite pneumococica, causada pela bactéria Streptoccus Pneumoniae. Tecnicamente, surto é o aumento no número de casos de uma doença além da normalidade. Já epidemia é a propagação de uma doença infecciosa, que surge rapidamente em determinada localidade ou em grandes regiões e ataca ao mesmo tempo um grande número de pessoas.

Segundo o boletim da Diretoria de Vigilância Epidemiológica do Estado (Dive), a doença foi registrada neste ano em Blumenau, Itajaí e Lages – com dois casos em cada. Já em Balneário Camboriú, Bombinhas, Criciúma, Fraiburgo, Garopaba, Imbituba, Jaraguá do Sul, Navegantes, Palhoça, Porto União, São Francisco do Sul e Turvo, foi um em cada município.

Ainda de acordo com a Dive, foram três mortes registradas em Santa Catarina. Morreram uma menina de 12 anos em 13 de junho, moradora de Imbituba; um bebê de 9 meses em 29 de abril, de Jaraguá do Sul; e uma jovem de 18 anos em 4 de abril, em Lages.

Sobre a meningite
A meningite é um processo inflamatório das meninges (membranas que envolvem o cérebro e a medula espinhal), o qual pode ser causado por diversos agentes infecciosos, como bactérias, vírus, parasitas e fungos, ou também por processos não infecciosos.

No Brasil, a meningite é considerada uma doença endêmica. Desse modo, casos da doença são esperados ao longo de todo o ano, sendo mais comum a ocorrência das meningites bacterianas (as quais podem ser graves) no inverno e virais no verão.

Os sinais e sintomas de meningite podem surgir repentinamente e são febre, dor de cabeça, rigidez ou dor no pescoço, náuseas e vômitos. Manchas vermelhas ou roxas, pequenas ou grandes, na pele, podem indicar doença mais grave (meningococcemia). Mudanças de comportamento como confusão mental, sonolência e dificuldade para acordar podem, também, ser sintomas importantes.

Em recém-nascidos e lactentes, os únicos sinais e sintomas de meningite podem ser febre, irritação, cansaço e falta de apetite.

O médico infectologista da Prefeitura de Brusque, Ricardo Freitas, diz que os sintomas são muito parecidos como uma virose ou gripe.

“A orientação é que sentindo esses sintomas, o paciente deve procurar uma unidade de saúde ou hospital, para diagnóstico médico”.

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