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Secretário de Educação de Brusque descarta eleições para diretores neste ano

Prefeitura estuda novo modelo de escolha para 2018; atuais gestores foram indicados pelo governo

Polêmica antiga, as eleições para diretores nas escolas municipais foi prorrogada, mais uma vez, pela Secretaria de Educação. Segundo o secretário José Zancanaro, não é possível realizar o pleito em 2017 porque é um “ano muito complicado”, com vários problemas a serem resolvidos e a situação econômica da cidade também não tem ajudado.

A última eleição direta foi realizada em 2013, ainda no governo Paulo Eccel, com duração até 2015. Naquele ano, os mandatos dos diretores foram estendidos pela gestão Roberto Prudêncio e, neste ano, com Jonas Paegle, os gestores foram indicados pelo governo. “É um pessoal altamente qualificado”, diz. “Procuramos escolher determinadas pessoas para as diretorias, mas a maioria permaneceu de antes”.

O secretário diz que assumiu a pasta em meio a vários problemas, por isso seria muito difícil fazer as eleições nas escolas. Os diretores atuais foram escolhidos porque já conhecem as realidades das escolas e dos bairros, e, para Zancanaro, são capacitados para manter a linha pedagógica durante o ano letivo.

Novos critérios
A realização das eleições em 2018 nas escolas municipais deverá ocorrer de forma diferente da última vez, ainda sob governo Paulo Eccel. Segundo Zancanaro, a prefeitura deverá publicar uma regulamentação na qual constarão os critérios para os concorrentes.

“Será exigido ter curso de gestão escolar, é a primeira habilitação. Depois vêm os requisitos como tempo de serviço, ser efetivo, etc”. Ainda não foram definidos todos os critérios que serão cobrados, mas o objetivo é fazer com que “pessoas qualificadas” assumam as diretorias.

As eleições só ocorrerão em escolas de médio e grande porte. O número de alunos para medir o que é uma unidade escolar pequena, média ou grande não está definido ainda. O Centros de Educação Infantil (CEI) não terão eleições.

Zancanaro diz que é preciso ter mudanças na forma de eleições, pois se fosse realizada neste ano, não seria atrativa para os professores. Segundo ele, exemplo disso é que dentre as mais de 60 escolas da rede, apenas 19 tiveram candidatos na último pleito. Nas outras, ninguém se propôs a assumir o cargo ou as unidades eram muito pequenas.

“Às vezes, a eleições atrapalha, porque pode ser uma pessoa que não é entrosada com a escola”, diz o secretário. Ele afirma que, neste ano, os atuais diretores indicados estão passando pelo curso de gestão escolar, bem como outros profissionais que planejam concorrer, já com vistas às eleições do ano que vem.