Secretário de Saúde avalia divergência no número de casos confirmados da Covid-19 em Brusque

Governo do estado aponta 65 casos confirmados no município, prefeitura tem 50 casos registrados; pasta ainda aguarda explicações

Secretário de Saúde avalia divergência no número de casos confirmados da Covid-19 em Brusque

Governo do estado aponta 65 casos confirmados no município, prefeitura tem 50 casos registrados; pasta ainda aguarda explicações

Nesta quinta-feira, 30, o governo do estado divulgou números atualizados de coronavírus em Santa Catarina. Segundo comunicado, Brusque teria 65 casos confirmados da doença, diferente do que foi divulgado pela prefeitura, que informou 50 casos. 

O secretário de saúde do município, Humberto Fornari, conta que ainda aguardam retorno do governo com explicações sobre a diferença, que totaliza 15 casos a mais no registro estadual.

“É algo que me preocupa, pois não deveria ter tanta diferença. Mas posso afirmar que o número de testes que fizemos e que acusaram positivo é este (50)”, afirma.

Contudo, caso não for uma falha, ele levanta duas hipóteses para a divergência. A primeira seria de que o estado contabilize os casos confirmados para a cidade de origem do paciente, caso esteja em outro município.

Ou seja, brusquenses que estejam em outros municípios e que tenham feito exames fora de Brusque. “Na minha avaliação, eu não concordo. Mas como o estado não está ouvindo muito os municípios, não sei dizer se é isto ou não”, continua.

Fornari salienta que problema ocorre com outras cidades da Associação dos Municípios do Médio Vale do Itajaí (Ammvi). Como Botuverá, que na contagem oficial da prefeitura somava três pacientes e no boletim do estado constou sete.

A secretaria de saúde de Botuverá, Márcia Cansian, recebeu a informação na noite desta quinta-feira, 30, de que dois moradores do município tiveram confirmação para a doença em Blumenau.

Entretanto, segundo a secretária, que fez uma publicação no Facebook, ainda falta descobrir sobre os mais dois casos faltantes, que não foram informados pela secretaria estadual.

“Me preocupo o monitoramento destes pacientes, a pouca transparência e organização da Secretaria de Estado da Saúde, onde os gestores municipais são informados das mudanças do estado, através da imprensa. Uma lástima!! Tenho compromisso com a nossa população no seu cuidado, e desta forma, fica cada vez mais difícil”, escreveu a secretária.

Outra hipótese levantada por Fornari é de que o estado contabilize como caso confirmado aqueles que tiveram contato com algum paciente infectado. Por exemplo: se um jovem testa positivo para a doença e ele mora com a mãe e um irmão, os dois são considerados infectados pelo estado, mesmo que façam o teste e acuse negativo.

Quando os contactantes não fazem teste, para o secretário, a contabilização como positivo pelo estado poderia ser uma forma de poupar exames.

“Nós estamos fazendo os exames nos contactantes. Se dá negativo, não vai para a nossa estatística, mas se o estado está colocando, é isto que estamos questionando”, diz.

Agora, a pasta aguarda retorno do governo do estado com explicações, até para poderem atualizar o número municipal.

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