Secretário esclarece fala sobre médicos que relutam em receitar cloroquina podem “pedir pra sair”
Medicamento faz parte do novo protocolo do Centro de Triagem
O secretário de Saúde de Brusque, Humberto Martins Fornari, disse ao jornal O Município na manhã desta segunda-feira, 27, que quando comentou em vídeo publicado em seu Facebook que médicos que relutarem em receitar a hidroxicloroquina aos pacientes no Centro de Triagem têm livre arbítrio para pedir para sair, não quis dizer em demissão, mas que poderão ser realocados.
Em vídeo publicado na noite deste domingo, 26, o secretário comentou sobre o novo protocolo adotado no Centro de Triagem de Covid-19, que fica no pavilhão de eventos Maria Celina Vidotto Imhof.
Um dos medicamentos utilizados será a hidroxicloroquina, que segundo a Sociedade Brasileira de Infectologia ainda não tem estudos conclusivos sobre a eficácia no tratamento da Covid-19. “A classe médica está muito dividida. Alguns apoiam de maneira intensa e outros reprovam de maneira intensa. Não vamos obrigar ninguém a fazer nada”, diz o secretário.
Fornari comentou no vídeo que médicos têm dúvidas quanto ao remédio. “Entendemos que eles têm o livre arbítrio de poder escolher também, se não quiserem prescrever, de pedirem pra sair”.
Em entrevista à reportagem, o secretário esclarece que os médicos que não quiserem prescrever a medicação não serão demitidos.
Ele espera que os médicos se sintam confortáveis em prescrever a medicação, com base nos protocolos de segurança adotados pela secretaria. “A gente acredita que com o passar dos dias todos os médicos venham a prescrever”.
Fornari explica que caso algum profissional não queira receitar a cloroquina, será feita uma conversa para entrar em um consenso. Se o médico não se sentir confortável, será direcionado para algum outro tipo de atendimento no próprio Centro de Triagem ou realocado para outro setor da Secretaria de Saúde.
Contratação de mais profissionais
Fornari disse à reportagem que nesta segunda-feira, 27, a secretaria fará o chamamento de profissionais da saúde para organizar a retomada das atividades nos serviços que precisaram ser suspensos devido ao realocamento de servidores durante a pandemia.
No momento, oito Unidades Básicas de Saúde (UBSs) estão fechadas. A intenção é reabrir as unidades para normalizar o atendimento à população.