Segredos e muito trabalho marcam o Festival Catarinense de Churrasco
Preparação dos mestres churrasqueiros começou muito antes da abertura do portão
Preparação dos mestres churrasqueiros começou muito antes da abertura do portão
De carnes para lá de conhecidas como picanha e costela de fogo de chão a cordeiro patagônico, 12 tipos de carne estiveram à disposição do público no Otto Prime, o Festival Catarinense de Churrasco, no pavilhão Maria Celina Vidotto Imhof, em Brusque, neste sábado, 23.
Na parte coberta, shows de DJ Fabrício Coelho, Dudu Barão, Jonatas Rodrigues e banda e O Bardo e o Banjo. Na parte descoberta uma estação de doces e 12 estações, cada uma com uma carne diferente cuidada por uma equipe diferente. Para agradar os consumidores, muitos segredos e trabalho. Foi utilizada 1,5 tonelada de carne.
Um dos organizadores, Jacson Jasper conta que a aposta para marcar o evento foi a escolha dos responsáveis pelas estações.
“Pela experiência e conhecimento que temos fomos atrás do especialista para cada estação. São nomes renomados nacionalmente. Quem conhece de churrasco, conhece esses nomes”, garante.
De Brusque, o chef Willian Otaviano e mais quatro pessoas prepararam um dos pratos que fizeram mais sucesso: o churrasco de festa de igreja.
“Estou satisfeito demais, foram muitos elogios. Começamos a trabalhar às 15h de sexta-feira”, conta. A paixão de Willian por gastronomia começou cedo: aos sete anos. Os pais eram donos de restaurante. Da cozinha dos pais, o chef passou a fazer cursos menores até se formar em gastronomia há 16 anos.
Além do preparo da carne, o segredo para o sucesso no evento foi a maionese. “Eu trabalho muito com ervas frescas e isso fez a diferença”, acredita.
Caroline Heckmann e equipe vieram de Canela, no Rio Grande do Sul, para o evento. Eles foram os responsáveis pela estação Picanha. “É a queridinha do pessoal”, diz. Apesar da popularidade do corte, a equipe começou a trabalhar cedo e fez um preparativo todos especial.
“Fizemos um varal de picanhas onde eles ficaram duas horas defumando. Depois deixamos selar sete minutos cada lado e descansar 30 minutos”, detalha. Eles usaram lenha de laranjeira e serviram a carne com farofa de panko e pirão de queijo serrano. O resultado agradou os gaúchos. “Tá maravilhosa a festa. O pessoal tá curtindo muito”, avalia Caroline.
Uma das curiosidades entre as atrações era o cordeiro patagônico, comandado por Lucass Paco, de Lages. Para deixar tudo no ponto perfeito foi necessário muito empenho dele e da sua equipe.
“Fiquei desde às 8h de sexta-feira e só sai meio-dia e meio para ir tomar um banho e já voltei”, relata. O cordeiro foi para o fogo às 2h de sábado.
“Nosso segredo é respeitar o tempo de cada proteína. É pouco calor e muito tempo de preparo”, explica. Ao longo do preparo, a carne era hidratada com uma salmoura preparada com “infinitas iguarias”, como diz Lucass para manter a receita em segredo.