Sem adesão para greve, Sinseb fará manifestação por reajuste salarial em Brusque
Sindicato também entrou com recurso após Justiça considerar mandado de segurança improcedente
O Sindicato dos Servidores Públicos Municipais de Brusque, Guabiruba e Botuverá (Sinseb) planeja fazer manifestações na praça Sesquicentenário, na frente da Câmara de Brusque. Segundo o presidente do Sinseb, Orlando Soares Filho, o objetivo é protestar contra a falta de reajuste salarial dos servidores.
Ele conta que a data ainda será escolhida. Contudo, adianta que será entre o final de outubro e início de novembro. “Tivemos uma assembleia recente, foi mantido o estado de greve e foi decidido fazer mobilizações nas próximas semanas”, diz.
Com o slogan “Eu vou”, a manifestação também tem como pauta a negociação salarial em 2022. “A situação vai ficar impraticável, porque vão chegar as perdas salariais em janeiro, com 16% de perdas. A gente está acompanhando as receitas e despesas do município. Então, nós estamos cientes que vamos ter dificuldades nas negociações no ano que vem”, explica.
Orlando afirma que o Sinseb acredita que ainda não há adesão para uma greve acontecer. Porém, ele aponta que os servidores vão aderir à manifestação. A mobilização será após o horário do trabalho e deve acontecer antes de uma sessão na Câmara.
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Recurso
Em julho, o Sinseb ajuizou um mandado de segurança coletivo contra o prefeito de Brusque, Ari Vequi. Segundo Orlando, a ação foi considerada improcedente pela Justiça de primeiro grau, no Fórum da Comarca de Brusque.
Entretanto, o Sinseb entrou com recurso desta decisão junto ao Tribunal de Justiça. “Nós queremos saber porque a Justiça entendeu que era válido dar o reajuste aos servidores do Judiciário e não era válido dar reajuste aos servidores municipais da nossa base, que é Brusque”, continua.
Em julho, o advogado do sindicato, Cláudio Roberto da Silva, explicou que a liminar era para que a prefeitura se abstivesse de usar a lei federal n° 173 como pretexto para negar a reposição da inflação. A legislação estabeleceu a impossibilidade de reajuste salariais do funcionalismo, em contrapartida a recursos recebidos pelas prefeituras para enfrentamento da pandemia.
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