Sem combustível, taxistas de Brusque buscam alternativa para não parar

Tema será debatido às 17h, na Prefeitura. Da frota de 63 veículos, apenas 14 utilizam o GNV

Sem combustível, taxistas de Brusque buscam alternativa para não parar

Tema será debatido às 17h, na Prefeitura. Da frota de 63 veículos, apenas 14 utilizam o GNV

No oitavo dia da paralisação nacional de caminhoneiros, motoristas de Táxi e Uber de Brusque começam a sentir os efeitos da falta de combustível. Mesmo com a demanda em alta, a dependência de álcool e gasolina limita a atuação das categorias. Entre os taxistas, uma reunião com representantes da prefeitura, às 17h desta segunda-feira, deve definir a continuidade da atuação de 49 dos 63 veículos cadastrados para o serviço no município.

De acordo com o presidente do Sindicato dos Taxistas de Brusque, Modesto Bertoldi, apenas 14 carros da frota funcionam com o Gás Natural Veicular (GNV). A baixa adesão da categoria ao combustível alternativo está relacionada ao custo de instalação, estimado em R$ 5 mil e a desvalorização do veículo.

Para ele, o encontro com representantes do Executivo é essencial para a categoria e para amenizar os reflexos para os usuários. Sem sucesso na negociação, afirma, os carros precisarão ser recolhidos a partir desta segunda-feira. “O táxi, em Brusque, faz parte do transporte público, é um serviço necessário na cidade”, defende.

Mesmo com a alta demanda nesta semana, pela avaliação do presidente, as corridas estão sendo limitadas por economia de combustível. Serviços de longa duração são repassados para os carros com GNV.

Apesar do plano B com o gás, o número de carros com o sistema é considerado insuficiente para atender o número de clientes. “Estamos tentando suprir os passageiros, mas em condições limitadas. Também não fizemos carreatas, pois ficaríamos sem gasolina para voltar”.

“Não vou arriscar”
O taxista Amarildo da Silva, utiliza GNV para trabalhar. Mesmo com a possibilidade de rodar, o veículo precisa de um volume mínimo de gasolina para rodar. Na tarde desta segunda-feira, ele estava com o carro na reserva.

“Não vou arriscar ir para Florianópolis e ficar trancado em algum ponto. Prejudica, mas é um mal necessário”, resume. Segundo ele, mesmo com a elevação da procura do serviço, a tendência é que o setor não se mantenha por muitos dias com as limitações.

Limitação de Ubers
Entre os 50 motoristas de Uber que atuam em Brusque, o problema é semelhante. A maioria depende de gasolina ou etanol para o funcionamento dos carros. Pela estimativa do motorista Joaquim Ferreira, no máximo 10% utilizam GNV.

Mesmo os profissionais com possibilidade de rodar, afirma, mantém os carros parados a maior parte do tempo. A prioridade é atender amigos ou familiares que dependam do serviço.

Segundo Ferreira, o motivo é a solidariedade com os caminhoneiros. “Não estamos pensando em prejudicar os usuários, mas é preciso chamar atenção do governo para esta situação toda”.

Na categoria, os custos com combustíveis correspondem a maior parte das despesas. Ferreira acredita que uma redução beneficiaria não só os profissionais do ramo de transportes, mas de outros setores da economia e a mobilização deveria ter mais apoio popular.

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