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Sem conseguir formalizar convênio com prefeitura, IGP de Brusque sofre com falta de recursos

Parte dos veículos está em conserto e funcionários tiram dinheiro do próprio bolso para custear itens básicos

O Instituto Geral de Perícias (IGP) de Brusque ainda não conseguiu formalizar um convênio com a Prefeitura de Brusque para receber recursos municipais, como acontece com as polícias Civil e Militar e o Corpo de Bombeiros.

No ano passado, o assunto estava em discussão, mas de acordo com o perito criminal e responsável pelo Núcleo Regional de Peritos de Brusque, Álvaro Hamel, não foi possível firmar o convênio porque o prazo para que o município enviasse a proposta de orçamento para este ano já estava se encerrando.

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À época, o IGP entrou em contato com a prefeitura algumas vezes e, segundo Hamel, até diretores estaduais do órgão vieram conversar com a administração pública.

Com o prazo para o envio do orçamento se encerrando, a conversa cessou. Neste ano, Hamel disse que ainda não entrou em contato com a prefeitura para discutir o caso.

Nesta quinta-feira, 25, o IGP realizou uma reunião com o vereador Paulo Sestrem (PRP), para discutir diversas questões, dentre elas o convênio.

O secretário de Governo e Gestão Estratégica, William Molina, diz que o orçamento do município para 2020 ainda não está aberto. No entanto, diz que a previsão é que seja bastante enxuto, por conta do cenário econômico atual.

Molina explica que no momento o convênio não é tão possível por causa da falta de recursos, mas ressalta que não é a última palavra. “Não significa que é uma decisão final. Pode ser alterada conforme a reação do cenário econômico nacional”, diz o secretário.

Falta de recursos

De acordo com Hamel, o IGP atende aproximadamente 15 mil pessoas por ano, sendo que cerca de 12 mil vão até o local para fazer carteira de identidade e outras três mil são atendidas no Instituto Médico Legal (IML).

Para arcar com as todas as despesas, tanto de atendimento ao público como de procedimentos, o órgão depende do envio de materiais fornecidos pela Secretaria de Segurança Pública (SSP) do estado.

Hamel explica que todos os meses é enviado uma previsão do que será utilizado no mês. Ele dá o exemplo de que, se pedem dez unidades de papel toalha, recebem cinco. Se colocassem 20 unidades, ainda assim receberiam cinco. “Então na metade do mês acaba”, diz o diretor.

Quando os materiais acabam, os funcionários acabam comprando com dinheiro próprio. Eles fazem vaquinha para não deixar faltar. “Está uma situação bem complicada”, comenta o perito.

Além disso, o IGP tem três veículos e dois deles estão há meses parados por problemas mecânicos. Um veículo Fiesta está parado há quatro meses e o rabecão, uma caminhonete nova para transporte de corpos, está há um mês estragado.

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O órgão já enviou orçamentos para a SSP, mas o conserto ainda não foi realizado. Para que não ficassem sem rabecão, o IGP de Florianópolis emprestou uma viatura para Brusque.

Todos os consertos precisam passar pela SSP para que sejam realizados, já que o órgão não tem recursos próprios ou de outros convênios para realizar a manutenção.

No entanto, “quando é algo emergencial não tem o que fazer”, diz Hamel. Por isso, ele e os funcionários acabam tendo que arcar com algumas despesas.