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Sem espaço no PP, Valmir Zirke negocia com o PR para concorrer à Prefeitura de Guabiruba

Outros nomes são cogitados pelo PP, enquanto MDB vive incerteza

O cenário político guabirubense está movimentado nos últimos dias. Parte do PP, que comanda a prefeitura, não quer apoiar o vice-prefeito Valmir Zirke como candidato a prefeito nas eleições de 2020 e, com isso, abriu-se uma indecisão que tem gerado impacto em vários partidos.

Zirke já está no segundo mandato como vice-prefeito de Matias Kohler (PP). Ele era do PT nos primeiros quatro anos, mas depois foi para o PP.

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Segundo ele, já em 2016, na campanha para a reeleição, ele queria ter sido o cabeça de chapa, com Kohler de vice. Mas houve acordo e, assim, ele aceitou sair a vice de novo. Agora, ele esperava o apoio dos progressistas, que dominam a prefeitura e a Câmara há quase oito anos.

No entanto, mais de uma fonte com acesso ao meio político guabirubense confirmou ao jornal O Município que houve um racha na cúpula do PP.

Alguns empresários não apoiam que Zirke seja o nome do partido ano que vem. Com isso, ele não deve ter espaço na sigla, que rivaliza com o MDB o controle da política municipal.

Mas Zirke não abre mão da candidatura. Ele descarta totalmente ser candidato a vereador e não pode ser vice, pois já está no segundo mandato.

“Acho que no momento seria eu o candidato, mas se o partido achar que tem que ser outro, vou mudar de partido sem problema nenhum”, diz o vice-prefeito. O seu destino mais provável é o Partido da República (PR), que não existe em Guabiruba, mas seria criado.

“Eu quero deixar claro que há possibilidade de eu deixar o partido, estive conversando com o senador Jorginho Mello (PR) na segunda-feira retrasada. Sou pré-candidato a prefeito de Guabiruba, independente de partido”, afirma.

O prefeito, por sua vez, diz que não há nada definido dentro do PP. “Existe uma insatisfação dele [Zirke] em relação ao apoio maciço do PP, mas depende mais da conversação dele dentro do partido”.

“Se por acaso ele sair com outro partido, teremos que achar outra forma ou nós temos candidatos. Também na possibilidade de coligação, porque nenhum partido vai ganhar a eleição sozinho, temos que manter um grupo dentro da perspectiva das últimas eleições de ter continuidade, independente de ele estar no PP ou não”, diz Kohler.

Waldemiro Dalbosco, vereador e nome forte no PP, diz que o partido tem vários nomes. “Hoje existe um programa de governo e de cidade, acima de qualquer partido ou nome”, declara, e acrescenta: “quem vai levá-lo adiante é o que vai se ver no momento oportuno”.

Orides é o nome mais forte do MDB

Ex-prefeito, Orides Kormann é o principal nome do MDB para concorrer à prefeitura no ano que vem. Questionado, ele confirma que é pré-candidato, mas avalia que ainda é cedo para decidir algo.

Orides concorreu em 2016 e teve sua candidatura indeferida por não apresentar uma certidão criminal, mas recorreu e conseguiu reverter a decisão. Perguntado sobre a sua situação para concorrer, ele afirma que “está resolvendo tudo”.

O vereador Jaime Nuss, um dos membros mais influentes do partido, diz que Orides continua a ser o principal nome do MDB. Mas ele mesmo também é pré-candidato, neste momento.

Nuss tem a posição particular de que a oposição deve se unir em torno de um nome mais forte e não se dispersar.

Osmar Vicentini também é pré-candidato

Osmar Vicentini (PSL) se apresenta como pré-candidato à prefeitura. Ele foi candidato a deputado estadual, fez 13.918 votos e foi o articulador da campanha do PSL no passado na região de Brusque e Vale do Rio Tijucas.

Com esse peso, ele se coloca como nome à disposição. Mas Vicentini não descarta uma composição com algum outro partido. O que ele garante é que o PSL terá candidatos nas majoritárias em toda a região.

Além disso, Vicentini também concorreu a prefeito em 2016, pelo PRB, e ganhou 666 votos. Caso ele confirme candidatura e Zirke também, provavelmente haverá quatro candidato à prefeitura, algo inédito na história do município.

Outros nomes despontam como potenciais candidatos

O vereador Felipe dos Santos é um dos nomes cogitados nos bastidores como um possível candidato seja a prefeito ou vice. Em seu segundo mandato na Câmara, ele diz que não quer concorrer novamente a vereador, mas, em último caso, poderia fazê-lo somente para ajudar o PT a ganhar mais votos e eleger um parlamentar.

A partir de 2020 não haverá mais coligações nas eleições para vereador, portanto cada partido terá de receber mais votos para obter uma cadeira.

O foco do PT é eleger um vereador. O partido deve concentrar suas forças neste sentido.

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Segundo Santos, a ideia é renovar e entre os nomes mais conhecidos do partido estão a superintendente da Fundação Cultural de Guabiruba, Jucilene Regina Schmidt, e o fotógrafo Valci Reis.

Quanto ao seu futuro, o vereador diz que não é o momento de sair candidato a prefeito. “O próximo passo seria vice-prefeito ou alguma coisa assim”, diz o petista.

Nos bastidores, o nome do empresário Ivan Luiz Tridapalli, o Vava (PSD), é cogitado como candidato a prefeito alinhado com o governista PP. Vava já foi vice-prefeito, entre 1997 e 2000, de Luiz Moser (MDB).

“São os comentários que existem por aí. Conversação não tem nenhuma, é muito cedo, mas tem bastante gente que tem condição de concorrer”, declara.