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Sem estádio, Brusque pode ficar longe de sua cidade por anos

Quadricolor tem ideia para viabilizar construção de estádio próprio, mas há muito para acontecer até que a primeira pedra seja erguida

Não há acordo entre Brusque e Carlos Renaux sobre aluguel do Augusto Bauer, e os indícios atuais são de que isto não acontecerá pelos próximos anos. Com o que sabemos hoje, o último jogo do quadricolor como mandante no estádio nonagenário foi a derrota por 2 a 1 para o Amazonas, pela final da Série C.

No lado quadricolor, a alternativa mais citada é buscar dinheiro junto a um dos dois grupos comerciais que se formaram (Liga do Futebol Brasileiro – Libra; e Liga Forte Futebol – LFF) para venda de direitos de transmissão. O diretor-financeiro Rogério Lana falou sobre o assunto em entrevista à Rádio Cidade na sexta-feira, 3.

O Brusque não fechou acordo com a LFF, e com toda a razão. Seria injusto receber R$ 4 milhões como clube de Série C num acordo a ser assinado quando a Série C já acabou, o Brusque é vice-campeão e vai jogar uma divisão acima em 2024. Ao mesmo tempo, o Tombense-MG receberá R$ 26 milhões.

É esta a principal hipótese hoje para que o Brusque inicie os trabalhos mais concretos para a construção de um estádio próprio: acertar a venda de parte dos direitos de transmissão a um bloco comercial (provavelmente a Libra) e, com a verba proveniente do acordo, iniciar a construção do estádio.

Enquanto isso, o torcedor precisará se acostumar com o Brusque longe da cidade. Não se levanta um estádio do zero em pouco tempo. Nem se, neste exato momento, tudo estivesse pronto para a obra: projeto, licenças, dinheiro, empresas contratadas e todos os detalhes. É tudo ainda muito embrionário, muito incerto. Mas há uma perspectiva, um caminho a tentar.

Goleada pesada

Depois de seis jogos sem derrota, o Brusque Sub-21 foi goleado por 6 a 0 para o Figueirense no Centro de Formação e Treinamento (CFT) do Cambirela, em Palhoça, pela última rodada da fase de grupos da Copa SC da categoria. Dos oito gols sofridos na competição até aqui, seis foram neste pesado revés.

Com o resultado, o Marreco perde a liderança e termina no segundo lugar do Grupo A. Vai enfrentar o Criciúma, que tem 100% de aproveitamento, nas semifinais. O jogo de ida é em Brusque, neste fim de semana, com data e horário a serem definidos.

Bizarro

A Federação Catarinense de Futebol (FCF) propõe à CBF a realização de um torneio entre Criciúma, Inter de Limeira-SP, Central-PE e Treze-PB. O objetivo: definir o campeão do Torneio Paralelo de 1986 (mil novecentos e oitenta e seis), considerado pelos clubes como Série B. A competição não era uma Série B e não teve campeões reconhecidos à época, uma vez que se tratava do chamado Torneio Paralelo. Houve um vencedor em cada grupo: os clubes citados acima, que se classificaram ao Brasileiro do mesmo ano: 1986.

Depois de 37 anos, surge a proposta inclassificável de decidir um campeão. Hoje o Criciúma briga pelo acesso à Série A e os outros três clubes não têm figurado divisão nenhuma que não seja a Série D. Ainda em 2023, as federações estaduais se mobilizaram para que a CBF reconhecesse o quarteto como campeão da Série B. Até aí, algo normal dentro do futebol brasileiro. Agora, jogar um torneio para definir retroativamente um campeão de mais de três décadas atrás está entre as ideias mais absurdas do esporte.

Por outro lado, eu adoraria saber qual a visão de Craque Daniel e do professor Cerginho da Pereira Nunes no programa Falha de Cobertura.


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