Sem pressa, Brusque aguarda aval das autoridades para poder voltar a jogar
Presidente Danilo Rezini expõe possibilidades do futebol e descarta qualquer pedido para acelerar volta às atividades
Presidente Danilo Rezini expõe possibilidades do futebol e descarta qualquer pedido para acelerar volta às atividades
O presidente do Brusque, Danilo Rezini, participará de uma conferência em vídeo com representantes dos clubes da Série C do Campeonato Brasileiro, na qual serão avaliadas medidas que podem ser tomadas de acordo com cada realidade e o que a Confederação Brasileira de Futebol (CBF) pode fazer pelas equipes em relação à pandemia do novo coronavírus (Covid-19). O dirigente adianta que uma opção mais viável é dar férias ao elenco, o que será discutido em reunião interna do clube na segunda-feira, 30.
Enquanto a Série C do Campeonato Brasileiro tem início previsto para 2 de maio, o que obviamente pode mudar, dependendo do desenvolvimento da pandemia, o campeonato estadual segue parado. Em um cenário ideal, o clube espera que após as férias dos jogadores seja possível iniciar uma preparação de cerca de 10 dias para que o elenco volte a campo, e que isto ocorra ainda em abril.
A ideia ainda não pode ser tratada como possível de ser colocada em prática. O Plano Estratégico da Retomada das Atividades Econômicas em Santa Catarina, anunciado pelo governador Carlos Moisés, não prevê nada sobre eventos de qualquer natureza. Portanto, vale ainda o decreto estadual 525 de 23 de março, que prevê a suspensão, por tempo indeterminado, do acesso público a eventos e competições da iniciativa privada, como consta no artigo 7º.
Clubes das Séries A e B deram férias de 20 dias a seus jogadores. Caso as competições não tenham data de retorno até o fim das férias, são previstas negociações como a redução salarial e a suspensão do contrato de uso de imagem.
O Brusque, portanto, aguarda uma definição sobre o futuro do Catarinense, sem buscar pressionar Federação Catarinense de Futebol (FCF) nem as autoridades competentes. Rezini relata que a própria FCF aguarda o momento apropriado ser sinalizado para que o futebol profissional volte a ser praticado em Santa Catarina.
Para o dirigente, o momento é de ter paciência. Não adianta pedir pelo retorno das competições enquanto governo e a comunidade da área da Saúde não atestarem que é possível. Buscar este tipo de pressão, afinal, poderia acarretar em assumir uma responsabilidade descabida caso o momento de retorno não seja realmente apropriado. “Não podemos ir contra a história.”
“É um momento muito ruim, claro. Mas no momento, se seguirmos rigidamente as recomendações das autoridades de saúde no mundo, acredito que conseguiremos evitar o pior”, comenta. “Agora, se cada um quiser começar a fazer à sua maneira, de qualquer jeito, daqui a pouco a pandemia vira um pandemônio”, completa.
Apesar das indefinições naturais do momento, o presidente do Brusque trata a suspensão das competições com tranquilidade. “Estamos atentos ao que está acontecendo em relação às medidas dos governos federal, estadual e municipal. O Brusque segue em uma tomada positiva, tratando este período internamente como uma pausa, uma mini pré-temporada. Seguimos buscando renovações de contrato, seguimos de olho em contratações.”
Até a pausa forçada pela pandemia, o Brusque disputou 13 partidas, com nove vitórias, dois empates e duas derrotas. Foram marcados 23 gols, e sofridos 11. Ao todo, são 74,33% de aproveitamento.
O Marreco tem o título da Recopa Catarinense e terminou a primeira fase do estadual na vice-liderança. Na Copa do Brasil, eliminou Sport e Remo para passar à terceira fase pela primeira vez em sua história. Outro passo adiante depende de confronto no Augusto Bauer contra o Brasil de Pelotas. O jogo de ida terminou em 1 a 0 no estádio Bento Freitas.