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Sem pressa para construção da Arena Havan, Brusque quer flexibilizar exigências da CBF para estádios

Diálogo só ocorreria com classificação do clube à quarta fase da Copa do Brasil

Além dos R$ 2 milhões brutos almejados pela diretoria do Brusque ao conquistar uma eventual classificação à quarta fase da Copa do Brasil, há também em pauta o debate sobre a exigência da capacidade dos estádios por parte da Confederação Brasileira de Futebol (CBF): caso o clube conquiste a classificação, fará contato para que a exigência deixe de existir, levando em consideração a ausência de público causada pela pandemia de Covid-19.

O regulamento prevê que as partidas sejam disputadas em estádios com capacidade mínima para 10 mil pessoas a partir da quarta fase. Ou seja, se o Marreco passar pelo Brasil de Pelotas (venceu o jogo de ida por 1 a 0), teria que jogar em outro estádio, provavelmente em Florianópolis ou Joinville.

O presidente do Brusque, Danilo Rezini, se permite pensar na possibilidade, mas afirma que só iniciará o contato caso o Brusque se classifique de fato, e que o contrário não seria de bom tom do ponto de vista esportivo. Mas se o quadricolor for, de fato, à quarta fase, a diretoria já deverá emendar ao tema a segunda fase da Série C do Campeonato Brasileiro, que possui a mesma exigência.

“O gramado é excelente, características de campo de acordo com qualquer campo do Brasil em alto nível. Não tem a capacidade, mas isto não influencia mais no jogo”, comenta.

Arena Havan

A Arena Havan já é um sonho quase antigo do torcedor do Brusque. Desde 2018 há rumores sobre a Havan, patrocinadora master, construir um estádio para o clube, que tem a concessão pública de um terreno de 72 mil metros quadrados no Complexo Chico Wehmuth, na localidade Volta Grande, bairro Bateas. Havia até mesmo previsão para início das obras em agosto de 2019.

Quatro meses mais tarde, em dezembro, o diretor de futebol do clube, André Rezini, relatou que não há previsão para que o projeto saia do papel, pois a Havan não tinha mais certeza sobre se teria autonomia para construir e gerir o estádio em um terreno público.

A pandemia de Covid-19 voltou a esfriar as tratativas, mas Danilo Rezini reafirma que o projeto passa a ser de médio prazo, com o interesse mantido em todas as partes envolvidas. Quanto a uma eventual indefinição sobre o local, o presidente afirma que um acordo firmado entre Havan e poder público eliminaria controvérsias. A decisão final sobre a construção cabe ao proprietário da Havan, Luciano Hang, que deverá investir cerca de R$ 15 milhões na construção do estádio.

Hoje, um estádio próprio não seria um artigo de luxo, mas uma necessidade. No fim de 2019, houve diversas ideias até que fossem iniciados os trâmites entre prefeitura, Havan, Carlos Renaux e Brusque para adequar o Augusto Bauer às exigências da FCF no Catarinense 2020. A diretoria quadricolor reserva elogios ao estádio, que é patrimônio do Vovô, mas o quesito capacidade começava a se tornar um obstáculo nas exigências da CBF.