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Sem sinalização ou proteção, rua Alberto Pretti acumula histórico de quedas de veículos

Via entre Limeira Baixa e Ribeirão Tavares teve pelo menos cinco quedas de veículos, segundo moradores

O trajeto entre a localidade de Ribeirão Tavares e o bairro Limeira Baixa, pela rua Alberto Pretti, acumula um histórico de acidentes capaz de alterar a rotina dos moradores do local. O acidente mais recente no local ocorreu na sexta-feira, 26, quando um carro caiu em um barranco ao tentar desviar de um caminhão.

Era cerca de 10h no momento do acidente. A condutora do Corsa era Maynara Preti, 18 anos, moradora da região que transitava no sentido bairro-centro, até a queda em uma das curvas da Alberto Pretti. Com a queda da ribanceira, a jovem grávida teve ferimentos leves.

O ponto onde ocorreu o acidente não é pavimentado e tem a largura questionada pelo marido dela, Márcio Preti. De acordo com ele, havia a expectativa de pavimentação, mas a proposta acabou não avançando.

Morador do local há 27 anos, ele afirma que acidentes são recorrentes. Estima ter ocorrido a queda de outros quatro carros nos últimos cinco anos, no mesmo ponto. A família registrou um boletim de ocorrência sobre o caso. Os prejuízos com a manutenção do carro são estimados em R$ 7 mil. “O material se recupera, minha esposa está grávida e poderia ter morrido”, afirma.

Para ele, há omissão quanto a segurança de quem depende da via. “Já ocorreram outros acidentes, com conhecimento de membros da prefeitura e, em nenhum momento, colocaram uma placa, uma sinalização, ou reviram a estrada para ser possível fazer uma direção defensiva”.

Busca judicial
Segundo o morador, a largura da pista não comporta o trânsito de mais de um veículo em alguns trechos. Entre eles, indica as proximidades de um ponto de ônibus, próximo a um riacho. Além do movimento de veículos domésticos, a rua Alberto Pretti é utilizada para o transporte escolar da localidade.

A situação, afirma, já foi informada ao Executivo ao longo dos anos, mas as ações acabavam não sendo desenvolvidas. De acordo com Pretti, transitar pelo local é mais arriscado após as manutenções feitas na estrada e o material solto acumulado reduz a aderência na pista. Na avaliação dele, a falta de sinalização é um agravante e a instalação de protetores evitariam novas quedas de veículos.

No início da semana, ele procurou a Ouvidoria do Município para tentar encaminhar um ressarcimento para a manutenção do carro. De acordo com ele, a morosidade indicada para o processo é incompatível com a necessidade da família. Sem poder utilizar o veículo, ele deve entrar com um pedido de reparação judicial pela queda.

Danos materiais
A situação vivida por Maynara é semelhante a que a faccionista Aline Zancanaro, 27, viveu, em 2009. Na época, ela transitava pelo mesmo trecho e sofreu um acidente ao desviar de um grupo de pedestres. No acidente, ela não chegou a sofrer ferimentos, mas teve um prejuízo de R$ 1,5 mil com o carro.

Aline utiliza a Alberto Pretti com frequência para visitar familiares e reforça o risco da pista. Desde que foi vítima, ela evita transitar pelo local à noite ou em horários de fluxo de ônibus. De acordo com ela, a infraestrutura é insuficiente para o fluxo de veículos e pedestres. “Daquela vez, havia quatro pessoas e ou eu desviava, ou passava por cima deles. Na areia, o carro se perdeu e caiu”.

Trecho passará por análise
A Secretaria de Obras não possui projetos para alargamento ou sinalização da via ou demandas para revisão da estrutura, segundo o secretário de Obras, Ricardo de Souza. Ele estima a circulação de 200 veículos por dia pelo local e atribui a maioria dos acidentes ao excesso de velocidade.

Atualmente, afirma, as equipes estão focadas nos trabalhos feitos em outros bairros, mas há a possibilidade de uma atenção à via, caso haja um encaminhamento dos órgãos de trânsito. De acordo com o secretário da Secretaria de Trânsito (Setram), Renato Bianchi, a demanda não havia sido repassada ao setor até o início da semana, mas equipes serão encaminhadas para fazer uma vistoria no trecho. Ele assumiu o setor há pouco mais de 10 dias.

Na vistoria, fatores como sinalização e necessidade de instalação de proteções em pontos da pista serão levados em conta. Segundo Bianchi, o processo é mais simples e uma eventual análise para o alargamento da pista exigiria a atuação de setores de planejamento.