Servidores de Botuverá recebem aumento de 8%
Prefeitura concedeu o acréscimo e estuda criar um refeitório municipal
A prefeitura de Botuverá concedeu aumento de 8% a todos os seus servidores, o representa um ganho real de 1,7% descontando o Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC) acumulado dos últimos 12 meses. A correção nos salários foi aprovada pela Câmara de Vereadores em sessão extraordinária realizada em 27 de janeiro.
O prefeito José Luiz Colombi, o Nene, afirma que o acréscimo acima da inflação foi possível porque o município registrou também um aumento na entrada de receita. “Fizemos um estudo para saber o impacto que o aumento teria nas contas da prefeitura e conseguimos dar este benefício”, afirma.
Um dos empecilhos para que as prefeituras deem reajustes maiores para os servidores é a Lei de Reponsabilidade Fiscal (LRF). Ela limita os gastos com pessoal a 51,6% nos municípios. Segundo Secretaria de Finanças de Botuverá, em 2014 a prefeitura comprometeu 45,89% da sua receita corrente líquida no pagamento dos servidores do Executivo, o que equivale a R$ 6.459.450,02 do Orçamento. Já com os funcionários da Câmara, o gasto foi de R$ 533.056,08, totalizando os dois juntos R$ 6.992.506,10.
Além de estar longe atingir o teto do que manda a lei, o secretário de Finanças do município, Cleber José Costa, afirma que a receita cresceu em cerca de 11%, o que possibilitou o maior comprometimento da prefeitura. “Houve aumento no movimento econômico do município, o que reflete no ICMS, e também teve aumento das transferências correntes da União e do governo do estado para o município”, explica o secretário.
Refeitório municipal
Na mesma sessão em que foi votado e aprovado o aumento aos funcionários públicos o vereadores Edson Vanelli, Valmor Costa, Lindanor Rescaroli, Catarina Wietcowsky, Daniel Paloschi e Antonio Bonomini assinaram uma indicação solicitando à prefeitura que faça uma cozinha para servir refeições aos servidores. Atualmente, segundo Nene, é dado apenas cesta básica para uma parte dos trabalhadores. “A cozinha seria bom para os servidores que moram em bairros mais distantes e que tem de ir até lá para almoçar”, afirma.
O prefeito diz que está estudando a possibilidade e “se a prefeitura tiver condições, será uma benefício importante”. De acordo com Nene, a administração municipal, já tem o imóvel onde funcionará o refeitório, se ele sair do papel, e e só falta a contratação da equipe para trabalhar cozinhando. A ideia inicial do prefeito é cobrar uma pequena taxa de quem quiser comer no local, para ajudar nos custos. Mas isso também está em estudo.