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Servidores federais de Brusque aderem à greve

Trabalhadores das justiças Federal, do Trabalho e Eleitoral devem seguir mobilizados até dia 30 por reposição salarial

Na tarde de sexta-feira, 19, servidores das justiças Federal, do Trabalho e Eleitoral de Brusque realizaram um ato em frente ao prédio da Justiça Federal, na avenida Arno Carlos Gracher, a Beira Rio, para marcar a adesão à greve nacional da categoria.

Em Brusque, o movimento iniciou com os servidores da Justiça Federal paralisando as atividades parcialmente, por uma hora, desde o início do mês de junho. Nesta semana, trabalhadores da Justiça do Trabalho e Eleitoral também aderiram ao movimento, e paralisaram as atividades.

“Na Justiça Eleitoral, os servidores estão paralisando por uma hora. Nas duas Varas do Trabalho a paralisação iniciou na quarta-feira. Foram mantidos 30% dos servidores trabalhando para fazer o serviço emergencial”, explica o servidor da Justiça do Trabalho, Robert Staloch.

Na Justiça Federal, a greve entra em nova fase a partir de hoje, com a paralisação da maioria das atividades. “A partir de segunda-feira apenas os serviços considerados urgentes estarão funcionando”, destaca.

De acordo com Staloch, a paralisação reivindica a reposição salarial dos servidores do Judiciário federal. “Estamos sem reajuste desde 2006. São nove anos. Pleiteamos 56% de perda inflacionária de todos esses anos, o que já soma 70%”.

O movimento deve continuar, pelo menos, até o dia 30 de junho, quando deve entrar em pauta no Senado, a votação do projeto de lei que estabelece a reposição salarial pelo índice da inflação a esses servidores. O projeto é de autoria do Supremo Tribunal Federal (STF). “A nossa categoria não tem data-base. O projeto prevê a implementação do percentual em seis parcelas. O nosso salário já está defasado. Ficaremos em greve até que o projeto seja votado para pressionar os senadores a comparecerem na sessão e colocarem o projeto em pauta”.

Segundo ele, o movimento teve uma grande adesão em Brusque e em todo o Vale do Itajaí. “Todas as cidades do Vale estão com atividades paralisadas. Em Brusque, a adesão é de 70%. Não gostaríamos de fazer greve, para nós é muito cansativo, a nossa vontade era continuar trabalhando, mas precisamos pressionar para conseguir a reposição”, diz.