Servidores públicos de Brusque podem entrar em greve em agosto; entenda

Sindicato alega falta de negociação por parte da prefeitura na reforma da previdência

Servidores públicos de Brusque podem entrar em greve em agosto; entenda

Sindicato alega falta de negociação por parte da prefeitura na reforma da previdência

Foi definido por meio de assembleia realizada em Brusque na segunda, terça e quarta-feira que os servidores públicos entraram em estado de greve. A decisão ocorre após o Sindicato dos Servidores Públicos Municipais de Brusque e Região (Sinseb) alegar falta de debate por parte da Prefeitura de Brusque no regime de previdência dos servidores e data-base 2021.

O presidente do Sinseb, Orlando Soares Filho, afirma que não foi discutido com os servidores públicos a questão da previdência, além de alegar que o projeto chegou em regime de urgência para apreciação da Câmara de Vereadores.

“Gostaríamos que a prefeitura nos ouvisse, pois mandaram um projeto para a Câmara de Vereadores sem ouvir a categoria. Pelo menos o Legislativo quebrou o regime de urgência e teremos a possibilidade de fazer o debate. Mas inicialmente entrou em regime de urgência”, diz.

Ainda de acordo com o presidente do Sinseb, a prefeitura decidiu encerrar as negociações e seguir as orientações dadas pela Associação dos Municípios do Médio Vale do Itajaí (Ammvi).

“A prefeitura simplesmente encerrou as negociações, dizendo que iria seguir as orientações da Ammvi. Diante disso ficamos ‘falando sozinho’”. Essa indignação foi crescendo na categoria. Então, convocamos uma assembleia e decidimos entrar em estado de greve”, afirma.

Orlando diz ainda que o prazo para as negociações é até dia 4 de agosto, que seria o “dia D” para definição se os servidores passarão de estado de greve para greve, por definitivo. “Acreditamos que neste período conseguiremos visitar todos os setores, transformando as deliberações da assembleia em uma movimentação”.

Ele esclarece ainda que a ata da assembleia está aberta. “Queremos conversar. A prefeitura fechou as portas, então o sindicato se viu na obrigação de chamar a categoria para, eventualmente, no caso de não haver tratativas, retomarmos a assembleia”, finaliza.

O que diz a prefeitura

Em resposta à decisão do sindicato, que optou pelo estado de greve, o diretor-presidente do Instituto Brusquense de Previdência (Ibprev), Humberto Fornari, apresentou uma manifestação contrária ao que disse o presidente do Sinseb.

“Eu admiro a diretoria do Sinseb e respeito, mas eu vejo que não existe motivo para nós estarmos em início ou ameaça de greve, se ainda não temos nenhuma proposição dentro do padrão político-administrativo da nova previdência”, opina.

Ele afirma ainda que o momento não é propício para entrar em estado de greve, enxergando como uma decisão tomada de forma precoce por parte da assembleia e, ainda, diz não entender os motivos.

“Se eles já estão ameaçando entrar em greve sem nenhuma prerrogativa de opção que o governo venha a apresentar ao Legislativo, não vejo como fazer greve. Fazer greve por que? Essa é a questão que tem que ser colocada”, questiona.

Por fim, Fornari diz acreditar que, em breve, o prefeito de Brusque, Ari Vequi (MDB), e membros do Ibprev chamarão os sindicalistas para realização de novos debates acerca do tema.

“Em um momento que tivermos uma definição por parte do governo, acredito que o prefeito vai, sim, chamar o sindicato para entrar em negociação, colocando os motivos do porquê será deste modo ou de outro modo”, finaliza.


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