Servidores públicos estaduais prometem paralisação na terça-feira
Em Brusque, o Sinte regional é o responsável por organizar o movimento
Em assembleia realizada na terça-feira, 1, servidores públicos estaduais de várias categorias aprovaram um calendário de mobilizações contra projetos do governo estadual que mudam as regras da previdência – aprovado ontem na Assembleia Legislativa, com 34 votos a favor – e instituem um novo plano de carreira para os professores.
Fazem parte dessa mobilização a decretação de estado de greve e uma paralisação geral de funcionários públicos estaduais na próxima terça-feira, 8. O coordenador do Sindicato dos Trabalhadores em Educação de Brusque (Sinte), Agenor Leal, afirma que 16 servidores de Brusque participaram da assembleia em Florianópolis e a tendência é de que na próxima terça-feira, mais funcionários públicos da regional integrem o movimento sindical.
“Por enquanto, estamos com paralisações parciais nas escolas, mas já estamos organizando para que na semana que vem o movimento seja maior. Convocamos não só os professores, mas todos os servidores estaduais para ir a Florianópolis lutar pelos nossos direitos”, diz.
De acordo com o sindicalista, o objetivo do movimento é parar o maior número possível de servidores em todo o estado para chamar a atenção do governo e da população. “Queremos que o governo tire os projetos, e vamos lutar para isso. Por isso, todos os servidores que se sentirem prejudicados, são bem-vindos ao movimento”.
Os servidores questionam projetos de lei que tramitam na Alesc. Na terça-feira, estava na pauta de votação o novo plano de carreira dos professores e também a proposta de aumentar escalonadamente até 2018, a alíquota previdenciária dos atuais servidores de 11% para 14%.
No entanto, devido aos protestos dos servidores, as duas matérias foram tiradas de pauta e devem ser analisadas pela Comissão de Constituição e Justiça (CCJ), na próxima semana.
Já o projeto do governo do estado que limita aposentadorias de futuros servidores ao teto dos trabalhadores privados e que cria o fundo complementar SCPrev para os funcionários que quiserem receber salários acima desse limite, hoje estipulado em R$ 4,6 mil, foi aprovado ontem pelos deputados.
Para Leal, o momento é de união dos servidores, principalmente dos professores. “Esse é um dos momentos mais importantes da vida dos professores. Temos que reverter esse projeto que o governo tenta nos enganar dizendo que 95% dos professores estão contentes, mas não é verdade. O futuro da educação catarinense está nas mãos dos deputados”.