Servidores rejeitam proposta de reajuste da Prefeitura de Brusque
Eles questionam o pagamento da segunda parcela do aumento ser feito apenas em novembro
Servidores rejeitam proposta de reajuste da Prefeitura de Brusque
Eles questionam o pagamento da segunda parcela do aumento ser feito apenas em novembro
- 21/03/2016
- 20:55
Após duas horas de assembleia, os servidores públicos municipais de Brusque rejeitaram a proposta de reajuste apresentada pela prefeitura. A proposição rejeitada pelos funcionários públicos na noite desta segunda-feira, 21, é de um reajuste de 11,36%, sendo 6% pago em março e 5,36% em novembro.
O principal questionamento dos trabalhadores é o parcelamento. A proposta foi rejeitada porque os trabalhadores não concordaram com a segunda parcela ser paga somente em novembro.
Os servidores lotaram a Câmara de Vereadores para a assembleia, e demoraram a entrar em consenso. O presidente do Sindicato dos Servidores Públicos Municipais (Sinseb), Orlando Soares Filho, iniciou os trabalhos apresentando a proposta da prefeitura e também justificando o parcelamento. Segundo ele, a proposição feita aos trabalhadores brusquenses é a melhor do estado. “Conseguimos ganho real, o que está muito difícil de acontecer em outras cidades. Esses 11,36% já são uma vitória”, diz.
De acordo com ele, o parcelamento do reajuste é justificável, já que o país passa por uma crise econômica e política, que tem afetado a arrecadação dos municípios. No entanto, os servidores não concordaram com o sindicalista. “O papel do trabalhador é lutar pelo seu direito e o do sindicato também. O papel do sindicato não é ficar justificando a proposta da prefeitura. Queremos saber porque esse reajuste quebrado, e porque só em novembro, depois das eleições”, disse uma servidora.
Outro servidor questionou a contratação de comissionados. “Falaram que demitiram os comissionados, mas na verdade não demitiram ninguém, e estão contratando ainda mais, nós estamos lá e sabemos disso mais do que ninguém. Para contratar comissionados a prefeitura tem dinheiro, agora para nos pagar, não tem”.
Nova proposta será apresentada
Na manhã de hoje, a comissão do sindicato deve procurar a prefeitura com uma nova proposição sugerida na assembleia para o parcelamento do reajuste.
Os servidores sugerem o pagamento dos 6% em março, e a partir de julho, um aumento de 1% a 2% mensais até fechar os 5,36% restantes. “Vamos levar essa proposta a eles de reduzir a segunda parcela de novembro e avançar também no auxílio alimentação”.
Está marcada uma nova assembleia ao meio-dia de hoje, na Câmara de Vereadores, para aprovar ou não o reajuste. De acordo com Soares Filho, a proposta dos 11,36% precisa ser protocolada o quanto antes na Câmara de Vereadores para ser votada ainda hoje pelos vereadores, ou então, em uma sessão extraordinária ainda esta semana.
Caso contrário, os servidores perdem o 0,36%, e terão apenas a reposição da inflação. “A lei eleitoral diz que para reajustes acima da inflação tem que ser votado pelos vereadores até abril. A partir do mês de abril só pode existir a reposição da inflação. Por isso, precisamos decidir essa questão o quanto antes”.