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Sessão da Câmara é interrompida duas vezes após manifestações de apoiadores da vereadora Marlina

Presidente da casa, Alessandro Simas leu uma advertência após post dela em redes sociais

O presidente da Câmara de Brusque, Alessandro Simas (sem partido), leu uma manifestação da mesa diretora durante a sessão da Câmara de Brusque desta terça-feira, 29, e advertiu a vereadora Marlina Oliveira (PT) após manifestações nas redes sociais depois que o ex-diretor-presidente do Samae, Luciano Camargo, pediu cassação de seu mandato.

O pronunciamento de Simas aconteceu por causa de manifestação da vereadora nas redes sociais por meio de comunicado onde, para além de sua opinião. Segundo ele, Marlina “fez afirmações graves contra a Câmara”.

“A mesa diretora é legitimamente eleita. Após afirmar que é a única mulher e única negra, alega se sentir “cerceada e discriminada” e vítima de violência política e gênero. Diante disso, a vereadora não registrou as denúncias ou trouxe situações que jamais ocorreram. A vereadora sempre foi tratada com respeito. Mesmo sem ter o direito regimental, foi acordado entre todos os vereadores, a pedido dela, a posição titular na Comissão de Constituição e também teve o pedido acatado para ter gabinete próprio, enquanto outros dividem. Todos os 28 pedidos de informação foram aprovadas e outros projetos também. É natural que haja debate”.

Simas destaca que a denúncia não foi apresentada por nenhum parlamentar, mas um terceiro que se sentiu lesado por falas dela. “Ofender a honra da Câmara faz das declarações de Marlina um descaso e desrespeito à casa, aos vereadores e servidores. Relativizar termos tão sérios são atos levianos e desrespeitosos. Diante das acusações, conforme regimento interno, a vereadora é advertida para que não se manifeste sem provas”.

Apoiadores da vereadora, que lotaram o plenário da casa, se manifestaram criticando o texto. Após Simas pedir silêncio duas vezes, ele suspendeu a sessão por cinco minutos para restabelecimento do silêncio. Marlina conversou com o presidente da casa e com os militantes e a reunião ordinária foi retomada. Incomumente, um policial esteve presente na sessão.

Saiba mais:
– Promotoria indefere parcialmente denúncias de servidor e ex-servidor sobre o Samae de Brusque
– Luciano Camargo altera denúncia e pede cassação de vereadora
– Presidente da Câmara, Alessandro Simas rebate falas de Marlina em relação ao Samae

“Não daremos passo atrás”

Em sua manifestação, Marlina reiterou que não iria se omitir em relação às denúncias feitas pelo Samae e reforçou que acredita que está sendo cerceada.

“Esta casa também é do povo. É preciso ter responsabilidade, moralidade administrativa. Não podemos nos omitir de apurar e investigar as denúncias que, infelizmente, envolvem o Samae. Alguns nesta casa e fora dela atacaram o meu pronunciamento para dizer que não há provas. As denúncias estão fundadas, principalmente, em depoimentos, registrados”.

“A exemplo do que acontece no governo federal, aqui em Brusque também se propaga um discurso de anticorrupção. Temos ausência de investigação. Por isso, reafirmamos aqui a necessidade de encarar isso de frente. Somos um poder independente e temos responsabilidade que devemos cumprir. Um instrumento que visa a cassação da parlamentar é sim uma clara tentativa de cercear. Não daremos nenhum passo para atrás”, completou.

Outra interrupção

A sessão foi interrompida outra vez após manifestações de Jean Pirola (PP), que pediu à vereadora respeito à Câmara e também criticou a administração do ex-prefeito Paulo Eccel, que é do mesmo partido de Marlina. Pirola discutiu com uma senhora no plenário por causa de alguma manifestação direcionada a ele. Simas pediu que ela se retirasse, mas ela acabou ficando após conversar com o vereador.


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