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Bastidores da política e do Judiciário, opiniões sobre os acontecimentos da cidade e vigilância à aplicação do dinheiro público

Sessão encerrada por falta de quórum é mais uma inovação negativa dos vereadores de Brusque

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Bastidores da política e do Judiciário, opiniões sobre os acontecimentos da cidade e vigilância à aplicação do dinheiro público

Sessão encerrada por falta de quórum é mais uma inovação negativa dos vereadores de Brusque

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Nesta terça-feira, 9, ocorreu um episódio que não se tem notícia na história recente do município de Brusque: uma sessão da Câmara de Vereadores teve que ser encerrada por falta de quórum, ou seja, por haver menos da metade dos parlamentares presentes na reunião.

O presidente do Legislativo, vereador Cassiano Tavares, o Cacá (Podemos), lamentou o ocorrido, que causou uma imagem ruim perante a opinião pública.

Para se ter uma ideia, o salário de um vereador em Brusque é atualmente de R$ 12.548,86, em valores brutos. Para fazer jus a esse valor, a única obrigação é comparecer em uma sessão ordinária por semana, quatro por mês, e nem isso foi possível.

A maioria justificou que estava atendendo à comunidade, como se isso não fosse possível em qualquer outro dia e horário que não os da sessão legislativa.

Marca negativa

Esse episódio traz aos legisladores uma marca negativa, entre algumas outras que vão se avolumando conforme são feitas as “inovações da atual legislatura”.

A primeira delas foi a contratação de assessor para os parlamentares, medida à qual toda a sociedade foi contrária, exceto os próprios vereadores.

Posteriormente, também criou-se um cargo de assessor da Escola do Legislativo, já há mais de um ano em atuação e sem ter realizado nenhum evento, o que inclusive motivou questionamento do Observatório Social.

Mais recentemente, os vereadores tentaram aprovar um auxílio-alimentação para si próprios, no valor de R$ 950, iniciativa que foi sepultada pela contrariedade da opinião pública.

Imagem arranhada

Dessa forma, não é difícil calcular que, politicamente, a atual legislatura está com a imagem arranhada, na maioria dos casos por iniciativas dos parlamentares para criar medidas em benefício próprio.

É preciso que o caso sirva de exemplo, e que os faltantes que não tenham justificativa adequada sejam punidos com o que prevê a legislação: o desconto do salário correspondente a uma sessão ordinária.

Conhecendo os meandros da política, na qual o corporativismo costuma prevalecer, é improvável que isso aconteça, mas é necessário que os vereadores saibam que a sociedade não está alheia às escolhas que eles fazem durante o mandato.


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