Talita Garcia/Câmara de Brusque.
Sessão solene da Câmara de Vereadores de Brusque celebra 150 anos da imigração italiana em Santa Catarina
Evento aconteceu na noite de quinta-feira, 5, na Unifebe
Na noite de quinta-feira, 5, ocorreu a sessão solene da Câmara de Vereadores para celebrar os 150 anos da imigração italiana em Santa Catarina. O evento aconteceu no auditório Dr. Germano Hoffmann (Bloco F), no Centro Universitário de Brusque.
A sessão foi transmitida ao vivo no canal do Youtube da Câmara. Para assistir, clique aqui.
Presidente do Legislativo brusquense, o vereador Jean Dalmolin (Republicanos) propôs a solenidade por meio de um requerimento, no qual registrou que o município de Brusque, “à época Colônia Itajahy-Príncipe Dom Pedro”, foi pioneiro no recebimento da primeira leva de imigrantes italianos, em 4 de julho de 1875.
O parlamentar esteve acompanhado pelo prefeito de Brusque, André Vechi, e pela cônsul-geral da Itália para o Paraná e Santa Catarina, Eugenia Tiziana Berti.
Também participaram o deputado italiano Fabio Porta, representante da América do Sul no Parlamento Italiano, em Roma, e o deputado estadual catarinense Vicente Caropreso, que coordena a Frente Parlamentar Santa Catarina-Itália na Assembleia Legislativa de Santa Catarina (Alesc) e a Comissão Estadual “150 Anos da Grande Imigração Italiana em Santa Catarina: 1875-2025”.
Completa a lista o cavaleiro da República Italiana Márcio Fumagalli, conselheiro do Comites PR/SC – Comitê dos Italianos no Exterior e membro da Comissão Estadual dos “150 Anos da Grande Imigração Italiana em Santa Catarina: 1875-2025”.
“O legado italiano não vive apenas no passado, ele pulsa no presente. É um momento de festa para os descendentes italianos. Essa foi a primeira vez que uma sessão solene aconteceu na Unifebe, então tivemos a felicidade de ter o requerimento aprovado por todos os vereadores”, disse o presidente da Câmara.
“Estado acolhedor”
Márcio também foi ao púlpito para agradecer a todos os presentes e leu o primeiro texto oficial enviado da colônia Itajaí ao governo italiano em 1878. Na sequência, falou sobre o acolhimento sentido pelas famílias que vieram até Santa Catarina.
“O estado se tornou líder nacional na contratação de estrangeiros. Isso revela que o estado é uma terra de oportunidades. Todos nós, oriundos da Itália, já fomos estrangeiros em terras catarinenses. Ainda nos primórdios, o estado se mostrou acolhedor para todos que vieram para cá”, disse.
Eugenia afirmou que o evento se torna histórico ao lembrar dos antepassados que chegaram ao estado.
“A comunidade italiana em Santa Catarina é enorme e a sessão serve não só para relembrar o passado, mas também para comemorar o presente. Os jovens precisam saber o que significa a coragem que os antepassados tiveram ao deixar a Itália e chegar ao Brasil”, disse.
Lançamento de livro
Ao final da sessão, também houve o lançamento do livro 150 Anos da Grande Imigração Italiana em Santa Catarina. A obra, editada pela editora da Unifebe, foi organizada pelo historiador e professor Andrey José Taffner Fraga e é estruturada em capítulos que acompanham a cronologia e a geografia da colonização italiana em Santa Catarina. O
trabalho teve início em 2023 com a Comissão Estadual dos festejos, revela o organizador do livro. “Na ocasião, reunimos pesquisadores de todas as regiões do estado que já tinham escrito livros, artigos e estudiosos do fenômeno da imigração e, cada um desses autores escreveu um capítulo, retratando a presença italiana na sua respectiva região, não só a parte histórica, mas também a presença contemporânea no estado”, diz.
A reitora da Unifebe, professora Rosemari Glatz é uma das autoras do material e, em seu capítulo, apresenta a imigração na região do Vale do Itajaí Mirim, que compreende os municípios de Brusque, Gaspar, Guabiruba, Botuverá e Nova Trento.
“O livro traz questões inéditas como, por exemplo, o fato de identificarmos Brusque como o Berço da grande imigração, que começou em 1875. Então ele é um livro mais que especial, feito de forma coletiva, uma verdadeira obra-prima convidativa a conhecermos e refletirmos sobre as marcas deixadas pela presença italiana e sua influência na identidade catarinense”.
Os capítulos abordam ainda as colônias do sul catarinense, que começaram a ser povoadas por italianos a partir de 1877. Na sequência, são explorados os diferentes fluxos migratórios que levaram à formação de comunidades italianas no planalto, no norte/nordeste e no oeste do estado. A Colônia Nova Itália recebe atenção especial em um capítulo dedicado à sua história, visto ser essa a colônia pioneira de imigrantes italiano no estado e no Brasil. Por fim, o último capítulo discute a representação institucional italiana nos dias atuais.
O livro será distribuído nas bibliotecas públicas do estado e a versão e-book está disponível gratuitamente para download, no site da Unifebe.
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