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Sindicato detecta crescimento da informalidade na construção civil em Brusque

Apesar de aquecimento no setor, Sintricomb se preocupa com possível perda de direitos dos funcionários

O Sindicato dos Trabalhadores nas Indústrias da Construção e do Mobiliário de Brusque e região (Sintricomb) identificou crescimento na informalidade nas obras em Brusque. Por conta disso, uma reunião entre as equipes de vistorias da entidade, que atuam em conjunto com o Sindicato das Indústrias da Construção e do Mobiliário de Brusque, Guabiruba, Botuverá e Nova Trento (Sinduscon), foi realizada na última semana para traçar planejamento de ações.

O presidente do Sintricomb, Izaias Otaviano, afirma que há três grupos de trabalho que se reúnem mensalmente para traçar metas a serem cumpridas no período. Durante os trabalhos, o grupo identificou aumento gradativo da informalidade e, consequentemente, na diminuição dos direitos dos trabalhadores.

Otaviano, observa que o setor está em crescimento, o que não justifica a situação do crescimento na informalidade. “Poucos trabalhadores têm se deslocado até o sindicato em busca de vagas de trabalho. O que mostra que o mercado está aquecido. O que tem sido verificado também pelas vistorias”, destaca ele.

As empresas que estão com empregados sem carteira assinada estão sendo acionadas para que regularizem a situação.

Para Otaviano, a segurança do trabalhador é a carteira de trabalho assinada, já que o documento que vai garantir os direitos e o sustento em caso de afastamento por doença ou acidente no trabalho.

“Fizemos uma reunião mais profundada. Cobrei bastante do pessoal para que apertemos o cerco e façamos que as normas trabalhistas sejam cumpridas”, pontua ele.

Ações também em Canelinha

Em Canelinha, cidade que integra a base de atuação a entidade, há trabalho forte nas cerâmicas e olarias. Dois dias por semana, uma equipe visita as 52 empresas do setor na região.

“Buscamos diminuir ou zerar a questão da informalidade em Canelinha também. É um trabalho um pouco diferente de Brusque, pois são empresas em que os trabalhadores estão fixos no mesmo local e isso facilita nossas visitas”, pontua ele.

De acordo com dados do Sintricomb, há em torno de 500 trabalhadores atualmente nas cerâmicas e olarias, número que vem crescendo já que algumas empresas acabaram fechadas anos atrás e estão sendo reativadas.

“Há pouca informalidade naquela região, justamente por conta do trabalho forte que o sindicato faz na questão das vistorias”, destaca Otaviano.


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