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Sindicato pede pagamento de piso salarial a todos os professores da rede municipal de Brusque

Documento será entregue ao Executivo nesta semana

O Sindicato dos Servidores Públicos Municipais de Brusque e região (Sinseb) apresentará nesta semana à Prefeitura de Brusque um estudo que mostra a viabilidade do pagamento do piso salarial para todos os professores da rede municipal.

Desde que foi sancionado em fevereiro, o reajuste de 33,23% no piso da categoria começou a ser aplicado pelo Executivo. A secisão elevou de R$ 2.886 para R$ 3.845 o piso salarial nacional dos professores.

Contudo, de acordo com a presidente do Sinseb, Tânia Mara Vieira Pompermayer, a porcentagem elevada fez com que muitos professores não ganhassem mais o piso. São os servidores com mais tempo de casa e que, consequentemente, possuem salários maiores.

Para esses profissionais foi aplicado um dissídio, ou seja, um complemento salarial para chegar no piso. “O município de Brusque nunca deixou de pagar o piso aos professores, desde 2009. Mas o reajuste só foi aplicado para os professores no início de carreira”, explica.

Tânia detalha que Brusque tem plano de carreira com progressão a cada dois, três ou quatro anos. “Hoje, já achatou tanto o piso [a pirâmide de pagamento] que quem tem dez anos de prefeitura está ganhando igual a quem está entrando. Do jeito que está indo, logo todos estarão ganhando só o piso nacional do magistério. Não importando se tem graduação, pós-graduação ou mestrado”, alerta.

Em fevereiro, a Prefeitura de Brusque iniciou o cálculo do impacto do reajuste. Na época, o até então secretário da Fazenda e Gestão Estratégica, William Molina, afirmou que um professor de nível 3 não teria como receber um reajuste como os professores de nível 1, por exemplo. A aplicação em todo o magistério se tornaria inviável para o município.

Estudo é aprovado por unanimidade

Segundo Tânia, em assembleia no mês de março, o Sinseb aprovou medidas elaboradas por uma comissão para solucionar essas questões. Conforme a presidente, o estudo mostra a viabilidade de aplicação do piso a todos os profissionais.

No dia 14, o sindicato reuniu professores e coordenadores para discutir as propostas. No final da apresentação, elas foram aprovadas por unanimidade. Tânia afirma que as sugestões e o estudo feito pela comissão serão apresentados para a administração.

“A proposta é acabar com o achatamento da carreira e valorizar todos os professores. A luta do sindicato é pela valorização do profissional da Educação, o professor. Que esse piso seja aplicado na carreira do professor, não importa o tempo de trabalho. Para que todos tenham o salário melhor valorizado e que seja correto, o que evitaria um achatamento”, finaliza.